A Noruega vai disputar a fase preliminar do Mundial ao lado de Portugal, Brasil e Estados Unidos da América, num grupo que decorrerá na Unity Arena, em Baerum, perto de Oslo, e que qualifica os três primeiros posicionados para a ronda principal.
Nas últimas grandes competições internacionais, a Noruega falhou por pouco a luta pelas medalhas, tendo terminado em sexto nas duas edições anteriores do Mundial, bem como nos Jogos Olímpicos Paris-2024 e em quinto e nono, respetivamente, nos campeonatos da Europa de 2022 e 2024.
O treinador Jonas Wille introduziu lentamente novos elementos no plantel, dando mais responsabilidade a jogadores como o central Tobias Grøndahl, o lateral Simen Lyse ou o ponta Alexander Blonz.
O núcleo experiente formado pelo ponta Kristian Bjørnsen, colega do português Miguel Martins no Aalborg, e pelos centrais Christian O 'Sullivan e Sander Sagosen foi mantido por Jonas Wille, para guiar a Noruega na luta pelas medalhas.
Sander Sagosen, de 29 anos, depois de regressar de uma lesão em boa forma pelo seu clube, o Kolstad, será, sem dúvida, o motor da Noruega nesta competição, em que a Noruega terá o peso da responsabilidade acrescida de jogar em casa.
A Noruega é favorita no Grupo E não só pelo estatuto de anfitriã, mas também pelo seu registo superior no confronto direto com os adversários na fase preliminar, embora com margem mínima nos confrontos com a seleção portuguesa.
As duas seleções europeias do grupo já se defrontaram por seis vezes, com a Noruega a obter quatro vitórias e Portugal duas, sendo que quatro delas aconteceram nos últimos quatro anos, incluindo duas em 2024.
Portugal somou uma vitória por 37-32 no Euro2024, mas a Noruega vingou essa derrota com uma vitória por 32-29 no torneio pré-olímpico de qualificação para Paris-2024, na Hungria, que ditou o afastamento dos lusos dos Jogos Olímpicos.
O único encontro realizado entre ambas as seleções numa fase final de um mundial teve lugar no Egito-2021, no regresso de Portugal depois de quase duas décadas de ausência, tendo a Noruega vencido na ronda principal por 29-28.
A seleção escandinava venceu ainda todos os cinco jogos disputados contra o Brasil nas principais competições internacionais, sendo o último em Tóquio2020, em agosto de 2021, quando triunfou por 27-24.
Com uma geração repleta de talento, como Luís Frade (FC Barcelona) e Miguel Martins (Aalborg), e com valores a emergir a nível internacional nos últimos anos, Portugal projeta-se como o principal opositor ao favoritismo da Noruega no Grupo E.
Na sua terceira participação consecutiva, em seis presenças, Portugal é já encarado com um caso sério no panorama do andebol europeu e pretende potencializar essa condição e melhorar nesta edição o 10.º lugar alcançado no Egito-2021.
A seleção portuguesa, presença assídua nas últimas provas internacionais, dispõe de um plantel experiente, com jogadores com muitos jogos disputados, e jovens emergentes talentos como Diogo Rêma (20 anos) e os irmãos Francisco (19) e Martim Costa (22).
O Brasil, que terminou em nono o Mundial disputado em 2019 na Dinamarca e na Alemanha, é o principal candidato a acompanhar as seleções da Noruega e de Portugal na passagem à fase regular.
A seleção sul-americana procura inverter a tendência registada nas últimas edições, em que depois de ter sido nona, em 2019, deu um passo atrás nas seguintes e terminou no 18.º lugar no Egito-2021 e no 17.º em 2023, na Polónia e na Suécia.
Em preparação para os Jogos Olímpicos Los Angeles-2028, os EUA receberam um dos wild cards do Mundial-2025, mas, face ao grupo em que estão inseridos, terão uma montanha a escalar para fugir ao último lugar e à disputa da Taça Presidente.