Quatro continentes – Ásia, África, Europa e América do Sul – estão representados neste grupo, que é o único que integra três seleções que disputaram os Jogos Olímpicos Paris-2024 – Croácia, Egito e Argentina – o que atesta o seu equilíbrio.
Nas últimas três edições do Mundial, o Egito esteve sempre entre os oito primeiros classificados, apurando-se para os quartos de final nas duas últimas edições, uma vez que o formato foi ajustado para que oito seleções avancem para a fase a eliminar.
Desta vez, os atuais campeões africanos, que também atingiram os quartos-de-final nos Jogos Olímpicos Paris-2024, ambicionam, com uma geração de enorme valor, chegar ainda mais longe e finalmente entrar na luta pelas medalhas.
Apesar de não contar com o lateral Yehia Elderaa, o Egito tem ainda muito talento disponível e tentará replicar a vitória registada frente à Croácia na última edição do Mundial, quando impuseram à seleção europeia um esmagador 31-22.
No entanto, os três encontros anteriores entre as duas equipas numa fase final de um Mundial foram todos ganhos pela Croácia, 29-23 em Portugal (2003), 24-20 em Espanha (2013) e 21-19 em França (2017), quando as duas seleções se encontraram nos oitavos de final.
O Egito mantém um registo positivo no confronto direto com o Bahrain, com três vitórias em quatro jogos, e as duas seleções defrontaram-se pela última vez na ronda principal do último Mundial, tendo o triunfo pertencido aos africanos por 26-22.
O Bahrain perdeu por 30-20 com o Egito nos Jogos Olímpicos Paris-2024 (disputados em 2021 devido à Covid-19) e na fase preliminar do França2017, por 29-31, sendo que a única vitória dos asiáticos contra os faraós ocorreu na Suécia, em 2011, por 27-26, quando as duas seleções se defrontaram pela primeira vez.
A coanfitriã Croácia tem muito a provar e procura em casa repetir a proeza alcançada na edição que organizou em 2009 e na qual perdeu na final para a França (24-19). Em 2013, em Espanha, conquistou o bronze e em 2017, em França, foi 4.ª classificada.
A Croácia terminou em 15.º no Egito-2021 e em 9.º na última edição, disputada na Suécia e na Polónia, emm 2023, mas desta vez a pressão será enorme, pois não há margem para erros, principalmente num grupo que se perspetiva equilibrado.
A seleção europeia joga em casa na Arena Zagreb, onde disputará todos os jogos - exceto uma possível final – e a prova marca ainda a despedida do seu capitão Domagoj Duvnjak, o jogador com maior número de jogos e golos pela Croácia.
Embora a Croácia tenha um saldo positivo face ao Egito, Argentina e Bahrain nos confrontos diretos, os coanfitriões sempre tiveram jogos difíceis contra os seus homólogos sul-americanos.
Na verdade, a Argentina venceu duas vezes a Croácia em fases finais de Mundiais, a primeira em 2003, com um triunfo por 30-29 em Portugal, e em 2021, no Egito, por 23-19, impedindo os europeus de lutar por um lugar nos quartos de final.
A Croácia venceu por 36-23 no Mundial de 2005, na Tunísia, e por 36-18 no da Suécia, em 2011, além de um triunfo por 27-26 nos Jogos Olímpicos Rio2016, mas não poderá facilitar, mesmo que a Argentina não tenha Pablo e Diego Simonet.
Esta será a quarta edição consecutiva do Campeonato do Mundo em que a Croácia e o Bahrain se defrontam e a seleção europeia venceu sempre por mais de 10 golos, com 32-20 em 2019, 28-18 em 2021 e 43-32 em 2023.
A Argentina e o Bahrain defrontaram-se duas vezes em Mundiais, tendo a seleção sul-americana conquistado duas vitórias, ambas no decorrer das fases preliminares de França-2017 (26-17) e Egito-2021 (24-21).