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Um empate bastaria para a turma de Paulo Jorge Pereira garantir o primeiro lugar da poule e marcar duelo com os germânicos, enquanto o Chile, uma das grandes surpresas da prova - a par do Brasil -, já não tinha hipótese de avançar na prova.
Apesar disso, o técnico geriu esforço, mas não poupou os habituais titulares - exceto Luís Freire que não foi a jogo -, e a equipa entrou a todo o gás chegando a uma vantagem de 3-0 à boleia dos irmãos Costa. Iturriza ainda foi excluído por dois minutos no arranque, mas os lusos conseguiram manter a vantagem e, no regresso do pivô, aumentar a diferença para quatro golos. Martim Costa foi também protagonista de um momento histórico, apontando o golo 1.000 de Portugal em Campeonatos do Mundo.
O melhor que os comandados Aitor Etxaburu conseguiram durante o primeiro tempo foi reduzir para dois golos de diferença (16-14), mas, com o passar do tempo e o aumento do ritmo dos portugueses, especialmente em transição, ajudaram a dilatar o resultado. A expulsão de Benjamin Ilesca por colocar a mão no pescoço de João Gomes piorou a situação e Portugal chegou ao intervalo com uma vantagem confortável de cinco golos (22-17).
Com Capdeville a substituir Diogo Rêma na segunda parte, os sul-americanos tiveram uma boa entrada, beneficiando de mais uma exclusão de Iturriza, para voltar a reduzir distâncias. A maior eficácia de remate dos lusos (77% contra 66%) era, no entanto, castigada pelas perdas de bola (9 contra 8) numa altura em que a defesa também perdia agressividade.
Ainda assim, a qualidade pendia claramente para o lado português e ficou espelhada num belo de Francisco Costa que aproveitou o passe de Fábio Magalhães para um remate áreo e, logo a seguir, Salvador Salvador acertou na trave de uma área a outra e Pedro Portela aproveitou o ressalto para colocar a diferença em seis golos (30-24).
A partir daí, o Chile perdeu lucidez ao somar 12 jogadas consecutivas sem marcar num misto entre erros (sete turnovers) e defesas de Capdeville. Por sua vez, Portugal fugiu com o resultado ao marcar de forma consecutiva até chegar a uma vantagem de 39-25. Rodrigo Aedo quebrou finalmente a sequência, mas os últimos minutos foram avassaladores e tranquilizadores, permitindo ao seleccionador gerir o esforço dos atletas até à buzina final.
Francisco Costa voltou a ser o melhor em campo com 9 golos marcados (em 11 tentativas), enquanto Pedro Portela (5/5) e Ricardo Brandão (5/5) tiveram 100% de eficácia e todos os jogadores de campo marcaram.