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Mundial de Andebol: Portugal cai de pé perante a tricampeã Dinamarca (40-27)

Portugal não conseguiu ultrapassar a Dinamarca
Portugal não conseguiu ultrapassar a DinamarcaSaša Pahič Szabó / kolektiff
A realizar um Campeonato do Mundo histórico, Portugal atingiu as meias-finais pela primeira vez e aí encontrou um obstáculo praticamente impossível de ultrapassar. Emil Nielsen brilhou na baliza dinamarquesa (15 defesas) e acentuou ainda mais a diferença de um confronto já de si desequilibrado.

Reveja aqui as principais incidências da partida

Estados Unidos, Brasil, Noruega, Suécia, Espanha, Chile e Alemanha tentaram, mas nenhuma conseguiu impedir a caminhada triunfa de Portugal. A presença nos principais palcos deixou de ser novidade, agora é altura de se cimentar entre os grandes e a primeira presença numa meia-final de um Mundial de Andebol deixava sonhar.

Contudo, a tarefa era difícil, só não diremos impossível, porque no desporto não se pode usar essa palavra, mas a tricampeã mundial Dinamarca, com Mathias Gidsel, eleti o melhor jogador do mundo, com Emil Nielsen, eleito o melhor guarda-redes do mundo, com Simon Pytlick, Emil Jakobsen e Magnus Saugstrup, terceiro, quarto e quinto, respetivamente, na eleição do melhor jogador da modalidade.

A teoria não favorecia Portugal, a prática tornou tudo ainda pior. Aos três minutos, Portugal perdia por 3-1 e viu-se com apenas três jogadores de campo, num momento em que foi alvo de três exclusões ao mesmo tempo. Insólito e o pior que podia acontecer numa meia-final.

Ainda assim, Portugal não desistiu, conseguiu estar na discussão e chegou ao intervalo a perder por quatro golos (20-16) e de cabeça erguida, de quem chegou mesmo a estar a um golo de desvantagem (13-12).

Na segunda parte surgiu um obstáculo impossível de ultrapassar. Com uma compleição física longe daquela que imaginamos de um atleta profissional, Emil Nielsen mostrou porque é dos melhores. Fechou a baliza, enquanto Gidsel (9 golos) ia infernizando a vida no ataque, também praticamente imparável.

Emil Nielsen brilhou com 15 defesas
Emil Nielsen brilhou com 15 defesasSasa Pahic Szabo/Kolektiff

O cansaço de uma caminhada histórica foi começando a acumular, a Dinamarca pisou no acelerador e aos 44 minutos a diferença já era de 10 golos (30-20). Até final, foi uma formalidade e os 13 golos de diferença (40-27) espelham a diferença de qualidade, mas não retiram nenhum brilho à prestação heroica.

Segue-se agora mais um teste de fogo: o terceiro e quarto lugar contra a França, a segunda melhor seleção do mundo. Já a Dinamarca vai tentar renovar a supremacia no andebol mundial diante da Croácia.

Martim Costa contra a defesa dinamarquesa
Martim Costa contra a defesa dinamarquesaSaša Pahič Szabó / kolektiff