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Mundial de Andebol: Toda a gente se rendeu à "pequena" Itália

A equipa italiana de andebol durante o hino
A equipa italiana de andebol durante o hinoČTK / imago sportfotodienst / Gonzales Photo/Lasse Lagoni
À medida que o relógio se aproximava da meia-noite, Domenico Ebner continuava a correr pelo interior do Pavilhão Jyske Bank em estado de excitação. Cheio de adrenalina e com um sorriso radiante no rosto, o guarda-redes da seleção italiana de andebol falou longamente em inglês, alemão e italiano sobre "uma das mais belas derrotas que se pode ter".

Os 20-39 da última partida da fase preliminar contra a favorita Dinamarca? Não há problema. Foram sobretudo as cenas que antecederam o jogo, quando quase 15 mil adeptos dinamarqueses acompanharam o hino italiano com palmas ritmadas, que tocaram Ebner emocionalmente. "Ficamos arrepiados em campo. São momentos extremamente bonitos", disse o guarda-redes do Leipzig, da Bundesliga, após um dos momentos mais marcantes do Campeonato do Mundo até agora.

A seleção italiana de andebol transformou a sua prestação contra a Dinamarca numa celebração
A seleção italiana de andebol transformou a sua prestação contra a Dinamarca numa celebraçãoInstagram: @federazioneitalianahandball

O revés desportivo não diminuiu em nada o conto de fadas italiano. Depois de duas vitórias na fase preliminar, esta seleção desconhecida no andebol mundial vai para a segunda fase do torneio, em que também defronta a equipa alemã, com muito vento de feição.

"Não dá para expressar em palavras quando se está de volta a um Mundial depois de 28 anos", diz Ebner, de 30 anos: "Temos jogadores jovens, temos jogadores velhos. Temos jogadores gordos, magros, baixos e altos. Quando se vê esta equipa, o meu coração bate mais depressa".