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O último encontro entre Portugal e Dinamarca no escalão sub-21 ocorreu precisamente na última edição do Mundial, em 2023, com os nórdicos a vencerem por cinco golos de diferença (30-25). Havia, por isso, sede de vingança por parte dos lusos.
Motivada, a seleção portuguesa entrou com tudo e começou a vencer, com destaque para um belo golo de Tomás Teixeira que se atirou para o chão e, de costas para a baliza, conseguiu bater o guarda-redes. No entanto, os problemas vieram de seguida com a primeira exclusão de Ricardo Brandão que permitiu aos dinamarqueses passarem para a frente do marcador (3-4).
E por ali continuaram, ancorados por uma grande exibição do guardião Frederik Wolff, mas também ajudados pela precipitação e muitos erros do ataque português. Com várias faltas atacantes assinaladas para os dois lados, a fava saiu a Ricardo Brandão que somou a sua segunda exclusão num lance claramente mal assinalado e que deixou o já internacional português condicionado. Diogo Rêma ainda somou defesas importantes - e duas intervenções seguidas incríveis num livre de 7 metros -, mas os nórdicos fugiram no marcador (6-12).
A Dinamarca continuou a castigar a falta de acerto da turma de Carlos Martingo com contra-ataques letais, mas uma súbida injeção final dada por mais duas boas intervenções de Rêma ajudou Portugal a reduzir a diferença ao descanso para quatro golos (10-14). No descanso, destaque claro para os dois guarda-redes Frederik Wollf e o facto de nenhum português ter mais de dois golos, enquanto Kristoffer Vestergaard já levava três. Para piorar a situação, Gabriel Cavalcanti foi baixa durante grande parte da partida.
A segunda parte começou da melhor forma: defesa do guarda-redes do FC Porto e golo de Xavier Barbosa, mas o golpe surgiu do outro lado com a exclusão de João Bandeira. Quando regressou à quadra, o jogador que atua no Benidorm armou um remate surpreendente que reduziu a desvantagem para dois golos (14-16), mas nova exclusão discutível permitiu aos dinamarqueses voltar a fugir no marcador (16-20). Pelo meio, Rêma ia somando defesas importantes.
Apesar da vantagem confortável, a Dinamarca parecia desconfiada de si própria no ataque, perdeu a posse e falhou na eficácia, o que permitiu a Portugal reentrar na discussão com um golo de Filipe Monteiro (19-21), mas, tal como tal como aconteceu ao longo de todo o jogo, sempre que a seleção se aproximava do empate, lá surgia uma exclusão e livre de sete metros ou uma falta ofensiva (20-24).
A cerca de oito minutos do fim, Afonso Mendes recuperou o esférico na defesa e arrancou para finalizar sozinho, voltando a reduzir distâncias (22-24), mas do outro lado João Bandeira fez uma falta dura e viu o vermelho direto, complicando muito a tarefa da equipa. Ainda assim, uma excelente recuperação defensiva de Filipe Monteiro e um livre de 7 metros de José Ferreira colocaram o jogo a um golo de diferença a cinco minutos do fim (24-25).
No entanto, na reta final, Frederik Wolff fez três defesas incríveis para dar um balão de oxigénio à equipa, enquanto a escassos segundos do fim, Portugal poderia ter ficado a um golo de diferença, mas nova falta atacante deixou o título na mão dos dinamarqueses.
A Dinamarca é campeã do Mundo de sub-21 pela quarta vez na história e pela primeira vez em 20 anos.