Recorde as incidências da partida
Em Sosnowiec, na Polónia, país que acolhe a competição, a formação lusa, que ao intervalo vencia por 15-12, permitiu a recuperação das Ilhas Faroé e o tempo regulamentar terminou com um empate 29-29, levando a partida para prolongamento.
O primeiro prolongamento acabou 34-34 e apenas no segundo tempo extra a equipa das quinas se superiorizou por um golo, com Diogo Rêma a defender um livre de sete metros no último segundo, assegurando a inédita presença na final, em que defronta a Dinamarca, que bateu a Suécia por 40-37, também no prolongamento.
Portugal, que tinha como melhor resultado num Campeonato do Mundo do escalão o terceiro lugar conseguido em 1995, na Argentina, já assegurou a melhor classificação de sempre, procurando agora o título na final agendada para domingo, pelas 19:30 locais (18:30 em Lisboa), em Katowice.
Filipe Monteiro, com oito golos, João Lourenço, com seis, e Ricardo Brandão, com cinco, foram os melhores marcadores de Portugal, que vencia ao intervalo (15-12), mas terminou o tempo regulamentar (29-29) e o primeiro prolongamento (34-34) igualado com as Ilhas Faroé, norteadas pelos 11 tentos de Oli Mittun, melhor marcador da prova, agora com 64.
Comentário
A seleção orientada por Carlos Martingo até permitiu uma reviravolta madrugadora (1-2), coincidente com a exclusão de José Ferreira, mas estabilizou rapidamente e esteve na frente quase toda a primeira parte, sustendo o sete contra seis ofensivo das Ilhas Faroé.
Três vantagens de outros tantos golos (6-3, 7-4 e 11-8) deram expressão à superioridade de Portugal, que permitiu uma aproximação dos nórdicos, antes de resgatar a vantagem máxima antes do intervalo (15-12), com dois golos consecutivos de Rafael Vasconcelos.
O conjunto das ‘quinas’ ainda conseguiu quatro tentos de avanço no reatamento (16-12), mas foi somando erros e, por entre as exclusões de Gabriel Conceição e João Bandeira, cedeu um parcial de 7-3 rumo à igualdade das Ilhas Faroé (19-19), que atestaram essa melhoria na reviravolta efetivada por Sofus Nattestad a caminho dos 45 minutos (21-22).
Apesar das tentativas dos nórdicos em distanciarem-se no resultado (21-23, 22-24 e 23-25), Portugal mostrou-se resiliente e, com a ajuda de Diogo Rêma, colocou a partida em sucessivos empates, vendo mesmo Rafael Vasconcelos (28-27) e Ricardo Brandão (29-28) a ensaiarem uma inversão do marcador, logo anulada por Niklas Gaard e Oli Mittun.
Depois de partes contrastantes no tempo regulamentar, a equipa de Carlos Martingo foi quase sempre proativa no primeiro prolongamento, mas não dilatou as vantagens (32-30, 33-31 e 34-32), com Rókur Ziskason a forçar mais 10 minutos a três segundos do fim, volvido um remate falhado por João Bandeira perante o guarda-redes Aleksandar Lacok.
Portugal recuperou forças no segundo tempo adicional (37-35 e 38-36) e quase voltou a desaproveitar o avanço, não fosse a defesa decisiva já ao 80.º e último minuto de Diogo Rêma, que manteve o pleno de sete vitórias lusas na 25.ª edição do Mundial de sub-21, todas com 30 ou mais golos marcados, e a chance de suceder à Alemanha no palmarés.