Luís Monteiro (treinador Benfica):
“Fizemos uma boa campanha, tanto ao longo da competição como nesta final.
Não sabíamos exatamente como iríamos aparecer nesta fase tão longa da época, mas conseguimos apresentar-nos com mais profundidade, com mais jogadoras disponíveis para jogar, enquanto o Madeira SAD teve mais limitações, e isso foi-se notando com o decorrer do jogo.
Defensivamente, estivemos muito bem. A Matilde Rosa (guarda-redes) fez uma grande exibição. Ao longo da época, a nossa defesa tem sido sólida e hoje mantivemos essa consistência. Sofremos apenas 19 golos, que está dentro da nossa média, que tem sido sofrer menos de 20 por jogo. Isso foi decisivo para conquistarmos esta vitória.
A segunda parte foi determinante. Houve alguma dificuldade do adversário, mas também conseguimos manter a concentração. Talvez o cansaço delas tenha influenciado. Optaram por jogar em 7 contra 6, o que não nos surpreendeu totalmente. Soubemos adaptar-nos.
Defendemos bem a zona central, tomámos sempre boas decisões na defesa e, no ataque, fomos marcando, o que facilitou muito a nossa tarefa.
A época foi muito positiva. Podia ter sido melhor, faltou-nos ganhar a Supertaça e ter ido mais longe na Europa. Gostaríamos de ter chegado à fase de grupos das competições europeias, mas foi uma primeira experiência. Ainda assim, estamos muito satisfeitos com o que fizemos”.
Sandra Martins (treinadora Madeira SAD):
“Custa perder pela frustração de não termos conseguido pôr em prática aquilo que tínhamos planeado, principalmente para a segunda parte. A primeira parte foi equilibrada, mas, depois, tivemos muitas dificuldades. Dou os parabéns ao Benfica, que foi um justo vencedor.
Quando se tem um plantel tão curto como o nosso, torna-se muito difícil encontrar soluções. Por mais que queiramos criar alternativas para ter sucesso, complica.
Esta foi uma época muito difícil. Tivemos muitas lesões e várias complicações que condicionaram a nossa estratégia ao longo da temporada.
O Benfica foi um justo vencedor — não há nada a apontar. Quando conseguíamos ultrapassar a muralha defensiva do Benfica, falhámos em momentos decisivos. Resta reconhecer que, dentro das limitações que tínhamos, fizemos uma época muito positiva. Ganhámos a Supertaça, o que foi muito importante e motivador.
Tenho muito orgulho no que estas jogadoras fizeram, mesmo com tantas limitações. Isso mostra que há uma base e espaço para o futuro. Esta é claramente uma equipa muito jovem, mas com uma grande resiliência no seu processo de crescimento.
Fiquei muito feliz por termos conquistado a Supertaça este ano. Quando acabou esse jogo, eu disse a mim mesma que este ano seria muito difícil ganharmos mais alguma coisa. Não quer dizer que entrei derrotada na final, mas sabia o que podia acontecer”.