Recorde as incidências da partida
O selecionador nacional, José António Silva, tinha dito, na antevisão da partida, que para superar as adversárias, a quem atribuiu favoritismo, Portugal teria que apresentar “mobilidade e velocidade”, o que até conseguiu, mas só durante o primeiro tempo, quebrando no segundo e permitindo o avolumar do resultado às montenegrinas.
À procura dessa primeira qualificação para um Campeonato do Mundo, Portugal entrou bem, mantendo o marcador equilibrado durante a primeira parte, ainda que quase sempre em desvantagem, com exceção dos empates a um e cinco, com a guarda-redes Jéssica Ferreira a ser importante para manter a seleção na luta.
Contudo, Montenegro foi impondo a sua maior valia e experiência, além de um claro maior poderio físico e Portugal foi para o intervalo a perder por três golos (11-14).
A seleção montenegrina começou o segundo tempo muito forte e dilatou a vantagem para 11-17, aproveitando a superioridade numérica trazida do último lance antes do intervalo, assim como alguma precipitação de Portugal a atacar.
Maria Unjanque, uma das poucas jogadoras que rivaliza fisicamente com as de Montenegro, entrou no início da segunda parte, mas pouco jogou porque se lesionou e não voltou mais ao jogo, tal como, pouco depois, Joana Resende, que apresentou queixas físicas.
Carmen Figueiredo emergiu nessa fase como a melhor jogadora e marcadora de Portugal, com seis golos de meia distancia, claramente insuficientes, ainda assim, para acompanhar o maior andamento e grande eficácia das montenegrinas, que terminaram o jogo com 12 golos de vantagem, praticamente garantindo o apuramento para o Mundial.
Portugal e Montenegro voltam a defrontar-se no sábado, em Podgorica, às 18:00 locais (17:00 de Lisboa) e a seleção vencedora do play-off apura-se para o Mundial, organizado por Alemanha e Países Baixos, entre 26 de novembro e 14 de dezembro, com 32 seleções.