O médio português foi uma contratação de última hora do clube francês, que o recrutou ao Everton no último dia do mercado de transferências, e desde então participou em todos os jogos da equipa, tendo sido titular nos três últimos.
“O Paulo (Fonseca) explicou-me as suas ideias e tive a oportunidade de conversar com jogadores que trabalharam com ele noutros clubes. Para mim, foi fácil de entender, ele gosta de ter um futebol ofensivo. Quer controlar o jogo, ter uma equipa que jogue um bom futebol. A ideia era muito clara e o nosso trabalho, enquanto jogadores, passava por nos adaptarmos o mais rápido possível e acreditarmos nessa ideia. Toda a gente está muito feliz e, do ponto de vista pessoal, adaptei-me muito bem”.
André Gomes destacou, ainda, “o quanto todos trabalham para ter sucesso”, assegurando que o treinador é “meticuloso” e transmite “muitas informações, mas as certas”, e que “não há desculpas para não fazer as coisas bem”.
Naquela que é a sua primeira experiência em solo gaulês, o médio do Lille revelou ter tido “uma surpresa muito boa” quanto ao nível da Ligue 1, que diz ser “uma mistura entre a Premier League e a LaLiga”.
“Já joguei contra equipas francesas no passado, na pré-temporada e na Liga dos Campeões, mas não tinha a experiência que tenho agora. Estar aqui é ótimo, estou muito feliz. É uma surpresa muito, muito boa, o nível é muito alto, a intensidade também, há muitos bons jogadores, boas equipas. Há muita luta pelos primeiros lugares e isso é competição. Uma mistura de qualidade e intensidade”.
Uma das grandes referências da equipa, até ao momento, tem sido Jonathan David, que conta já nove golos e três assistências nos 12 jogos que disputou no campeonato. “É um “grande jogador”, atesta André Gomes, que lembra que o avançado “ainda é jovem”, antevendo-lhe “um futuro brilhante”.
“Ele marca muitos golos e o nosso papel como companheiros de equipa é empurrá-lo para que chegue mais longe, marque mais e faça tudo melhor”.
Com passagens por Benfica, Valência, Barcelona e Everton, o médio foi questionado sobre um jogador que considere subestimado e apontou Sergio Busquets como um exemplo. “Está noutro patamar, acho que as pessoas não o apreciam o suficiente. É uma grande pessoa, um grande companheiro de equipa e, em campo, é diferenciado”, explicou.
“Admiro muitos jogadores, como Iniesta ou Aimar, e claro que joguei com Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, que são jogadores de alto nível. Mas acho que Busquets é um tipo diferente de jogador e ninguém percebe isso o suficiente. Acho que vamos perceber quando ele deixar o futebol”, acrescentou.