Recorde as incidências da partida

Francisco Neto apresentou uma grande surpresa no onze inicial. Carolina Santiago, em estreia absoluta na equipa principal, mereceu a confiança do selecionador nacional para o primeiro de dois desafios diante dos Estados Unidos, um jogo que dificilmente poderia ter tido pior arranque.
Depois de uma bonita e sentida homenagem à lenda viva Alex Morgan, os Estados Unidos tiveram a bola de saída e precisaram de apenas nove passes e 35 segundos para abrirem o ativo no Subaru Park. Catarina Macário trabalhou muito bem e assistiu Rose Lavelle para o primeiro golo da partida. A camisola 16 parecia estar em posição irregular, mas, sem vídeo-árbitro (VAR), era impossível dissipar as dúvidas.
Um golo para a história...
Fruto de uma entrada pujante, com Portugal ainda a adaptar-se ao estilo do adversário, a turma de Emma Hayes esteve perto do segundo golo aos nove minutos, mas valeu a defesa fantástica de Inês Pereira, a negar o bis a Lavelle, que viu a bola ainda bater caprichosamente no poste.
Depois desse momento, a equipa das quinas arregaçou as mangas, trouxe maior tranquilidade ao jogo e mostrou confiança com bola, reduzindo os espaços para que os Estados Unidos fossem tão acutilantes no ataque como haviam sido no arranque do encontro.

Prova disso, aos 25 minutos, Catarina Amado ameaçou o empate na sequência de um livre estudado que envolveu Kika Nazareth e Lúcia Alves, num passe soberbo da lateral para a companheira do Benfica, e, aos 37 minutos, novamente as mesmas protagonistas estiveram perto do 1-1, com a bola a esbarrar na barra da baliza norte-americana.
Os sinais de Portugal eram muito positivos e, depois de alguma insistência, o golo do empate surgiu mesmo aos 41 minutos. Na sequência de um pontapé de canto, cedido após Tullis-Joyce negar o golo a Tatiana Pinto, que havia recebido um passe picado de Kika, foi Diana Gomes quem surgiu no segundo andar para desviar, de cabeça, o canto batido por Kika.
Um golo histórico, o primeiro de sempre de Portugal contra os Estados Unidos, que trouxe justiça ao resultado ao intervalo.

... e mais um!
A segunda parte trouxe novamente uma seleção dos Estados Unidos mais forte e imponente do ponto de vista ofensivo, colocando desafios defensivos que foram muito bem superados pela equipa portuguesa.
Inês Pereira evitou o auto-golo de Diana Gomes aos 56 minutos, e um corte fantástico de Catarina Amado, aos 58', impediu um remate potencialmente perigoso de Catarina Macário. Tudo perfeito.

E, tal como no primeiro tempo, Portugal resistiu e voltou a equilibrar a balança, mostrando mesmo argumentos de que era possível tombar a número dois do ranking FIFA. Aos 73 minutos, provou isso mesmo. Novamente na sequência de um pontapé de canto, Kika bateu tenso e a bola sobrou para Fátima Pinto atirar para a reviravolta.
Aos 81 minutos, Emma Sears rematou forte à entrada da área portuguesa e Inês Pereira defendeu com os joelhos, ao fletir-se, num lance de puro reflexo que manteve a Seleção Nacional na frente.
Com este resultado, Portugal não só marcou o seu primeiro golo de sempre frente aos Estados Unidos, como somou também a primeira vitória diante da poderosa seleção norte-americana, no primeiro de dois particulares realizados em solo americano. Uma vitória histórica que reforça o crescimento e a confiança da equipa das quinas no panorama internacional.
Melhor em campo Flashscore: Kika Nazareth (Portugal)
