Recorde-se que Sérgio Conceição recebeu ordem de expulsão durante a partida a contar para a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, que terminou com o triunfo dos dragões por 3-0, depois de pontapear uma boa em protesto por uma falta não assinalada por Hélder Malheiro.
A ação do árbitro originou um blackout da estrutura portista, que não se fez representar por qualquer interveniente na flash interview e na conferência de imprensa, com a reação, em jeito de crítica ao trabalho da equipa de arbitragem, a surgir posteriormente, por intermédio dos meios de comunicação do clube.
"Qual é a importância de Sérgio Conceição no futebol português?", perguntaram os azuis e brancos nas redes sociais, num post acompanhado pelo registo de Sérgio Conceição enquanto jogador e treinador, e que terminava com o apelo a "mais respeito, mais seriedade, menos folclore".
Já no "Dragões Diário", o FC Porto refere que "o técnico campeão nacional foi um dos protagonistas de mais um episódio insólito em que por vezes o futebol português é fértil: foi expulso por ter pontapeado uma bola que se encontrava fora do campo", lembrando que "o outro protagonista foi Hélder Malheiro, que não viu uma falta que constituiu um atentado à integridade física de Grujic – nada de novo quando arbitra jogos do FC Porto".
"A forma como Sérgio Conceição é tratado por alguns árbitros, além de ser discriminatória face ao que acontece com outras figuras do futebol, não tem em conta um percurso brilhante como jogador e treinador, que inclui a conquista de diversos títulos, vários recordes históricos e a representação ao mais alto nível da seleção de Portugal", reforçou o clube.
Estas declarações motivam a apresentação de uma participação por parte de Hélder Malheiro, que visa o FC Porto. Ouvido pela Antena 1, José Pereira, presidente da Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF), recomenda a todos os agentes desportivos "bom senso e respeito" e pede que ninguém seja marcado "por uma ou outra atitude".
"Nós conhecemos o Sérgio Conceição como ser humano e ele tem dado provas inequívocas do coração enorme que tem. Mas às vezes tem, efetivamente, um ou outro ato que não corresponde àquilo que é a pessoa que conhecemos. Por vezes, há um excesso que deve ser compreendido por toda a gente. Agora, nós não podemos, excepcionalmente, apoiar este tipo de situações. Temos de limar estas arestas por todos os agentes desportivos, de forma a que consigamos ter uma vivência sã, de respeito, naturalmente".