''São quatro anos de poupanças, todos os meses deixei este dinheiro de parte para tornar este sonho realidade. Deixei de fazer coisas como comprar um carro ou uma casa. É um sonho, muitas pessoas vão dizer que gastei todo este dinheiro para ir ao Catar. Bem, eu sei que era bom ter uma casa, mas vou ao Mundial-2022'', explicou Matrangolo à Reuters.
A prova será, muito provavelmente, a última de Messi, agora com 35 anos, e os adeptos da Argentina partem com confiança. A seleção liderada por Lionel Scaloni está numa sequência de 35 jogos sem perder, conquistou a Copa América no último ano e parte com ilusões de chegar ao tricampeonato, depois das vitórias em 1978 e 1986, ambas com Diego Maradona ao leme.
De resto, é um tema comum aos cânticos dos adeptos que se ouvem no Parque Sarmiento: ''Temos Messi no campo e Diego (Maradona) a jogar no céu''.
A confiança é tanta que nem a galopante inflanção na Argentina parece afastar os adeptos do Catar.
''Infelizmente, a Argentina está a atravessar uma crise, com os preços a aumentarem todos os meses. Contudo, uma noite sentei-me e decidi que devia ir ao Mundial, porque amo esta seleção e vou segui-los para todo o lado. Seré o meu primeiro Campeonato do Mundo e só pensar nisso deixa-me de lágrimas nos olhos. Quando voltar, sei que vou ter as melhores memórias da minha vida'', desabafou Jonatan Luna, consciente do impacto financeiro que vai implicar a ida ao Campeonato do Mundo.
Recorde-se que a Argentina está no Grupo C do Mundial-2022 e vai defrontar Arábia Saudita (22 de novembro), México (26 de novembro) e Polónia (30 de novembro).