A cumprir a temporada de estreia no Arouca no futebol europeu, oriundo do Montevideo Wanderers, Arruabarrena não esconde que "há muita coisa diferente, em muitos sentidos", no futebol português em relação ao que viveu no Uruguai.
"A velocidade do jogo e a qualidade dos jogadores, tanto no passe como no remate" foram alguns dos pontos que Arruabarrena elegeu como diferenças nesta mudança que, assume, foi difícil.
"Foi duro, sobretudo para a minha mulher, pela família e pela língua. Mas a mim tornaram a vida muito fácil, estou acompanhado no dia a dia pela minha esposa e pela minha filha. Tê-las a meu lado todos os dias torna tudo mais fácil", assumiu o guarda-redes do Arouca, equipa que está às portas das competições europeias.
"O primeiro objetivo é a manutenção mas com os resultados que temos começamos a pensar em algo mais", revela Arruabarrena, que sofreu 29 golos, 15 deles nos jogos com Benfica, FC Porto e SC Braga.
"Também me chama a atenção esses números. Começámos logo por perder 0-6 com o SC Braga, ainda estávamos a conhecer-nos, tínhamos muitos jogadores novos e notou-se a diferença. Agora estamos noutra fase e espero que possamos dividir melhor o jogo com essas equipas", explica o uruguaio, que assume a diferença entre os três grandes e as outras equipas.
"No Uruguai não estava acostumado a isso. Mesmo o Sporting, que não está a fazer a melhor época, nota-se muito a diferença. Vê-se na tabela e tem reflexo no relvado e se olhares ao historial percebes que nos últimos dez anos estiveram sempre os quarto nas primeiras posições em oito desses anos", diz Arruabarrena, que elege como referência Muslera, "que está na seleção desde que eu comecei e que também saiu do Wanderers".
E o grande objetivo de Arruabarrena, esse, passa mesmo por chegar à principal seleção do Uruguai.
"É, sem dúvida, o meu sonho, a minha maior aspiração. Quando saí do Wanderers tinha outras opções melhores financeiramente mas vi o salto para Portugal como oportunidade para evoluir e poder estar numa convocatória do Uruguai", explica o guarda-redes do Arouca, que tem nacionalidade espanhola por parte da sua avó materna.
"Sigo sempre a LaLiga e seria muito bonito poder lá jogar, pela minha avó. Gosto de ver as equipas onde existem uruguaios. Vejo o Getafe, o Atlético Madrid, onde Godín foi capitão muitos anos, o Barcelona com o Ronald Araújo, o Real Madrid com Valverde, o Cádiz com Ocampo e Pacha", enumera Arruabarrena, que ainda deixa recomendações de contratações... no Arouca.
"Há muitos jogadores de grande nível. O Basso é muito bom central, o Mujica está a fazer muitos golos e jogou em Espanha, é muito bom avançado. O Alan Ruiz, que tem muito nome, o Sylla, que me surpreendeu muito. Não consigo falar com ele mas é um enorme jogador", explica Arruabarrena.