O peso-leve britânico mostrou a evolução das suas habilidades ao superar e agarrar o veterano americano favorito da casa, garantindo a interrupção do árbitro devido a ataques implacáveis no chão.
O combate muito aguardado, assistido pelo Presidente Donald Trump, foi apelidado por muitos como o "evento principal do povo", devido às fervorosas bases de fãs de ambos os lutadores - o carismático Pimblett e o todo-poderoso Chandler - que fizeram jus à sua faturação no Kaseya Centre.
Na sua entrevista após o combate, Pimblett festejou enfaticamente, gritando "E agora?" para as câmaras e fazendo uma dança de celebração.
Em seguida, dirigiu-se aos seus céticos, depois de uma série de desempenhos pouco animadores em combates anteriores contra adversários de menor categoria.
"Qualquer um entre os cinco primeiros, eu quero o título mundial. Riam-se à vontade e digam que nunca vou estar no ranking, que nunca vou estar entre os 10 primeiros, mas e agora, seu bando de cogumelos? Eu quero o Dustin (Poirier), o Justin (Gaethje), o Charles (Oliveira) ou o Arman (Tsarukyan)", afirmou.
Evolução do 'The Baddy'
As entradas contrastantes prepararam o cenário: um Pimblett sorridente e animado dançou até ao octógono, enquanto um Chandler sério, envolto na bandeira americana, caminhava com uma concentração determinada.
Apesar das previsões de que a famosa explosão de Chandler seria uma ameaça significativa, Pimblett, de 30 anos, demonstrou uma compostura e uma consciência tática impressionantes.
O lutador de Liverpool utilizou eficazmente o seu alcance nas trocas de golpes e provou ser o grappler superior durante todo o combate.
A luta viu Pimblett abrir com uma série de pontapés nas pernas antes de Chandler garantir uma queda inicial, que não conseguiu capitalizar. À medida que o primeiro assalto avançava, o controlo da distância por parte de Pimblett começou a causar problemas ao americano.
As trocas de golpes continuaram no segundo assalto, com Pimblett a ameaçar submissões e a incendiar o público.
O momento decisivo chegou no terceiro round, quando Pimblett acertou uma joelhada devastadora, abrindo um corte significativo abaixo do olho esquerdo de Chandler.
Aproveitando a oportunidade, Pimblett conseguiu uma queda, fez a transição para a montada completa e desferiu uma série de golpes no chão sem resposta, forçando o árbitro a intervir.
Espera-se que a vitória leve Pimblett - anteriormente classificado em 12.º lugar - para o top 10 do ranking de pesos leves do UFC, com o comentador do UFC Jon Anik a dar-lhe as boas-vindas à "elite" do desporto.
Volkanovski volta ao topo
No evento principal, o australiano Alexander Volkanovski tornou-se bicampeão ao derrotar o brasileiro Diego Lopes por decisão unânime e reconquistar o título de campeão dos pesos-penas.
"É bom estar de volta, nunca senti tanto amor. Prometi às minhas filhas que lhes traria o cinturão de volta", disse Volkanovski, que venceu por 48-47, 49-46 e 49-46 na pontuação dos juízes.
"Muita gente me contou, mas voltar e vencer um tipo como Diego Lopes. Para todos os que estão a ver, a adversidade é um privilégio. Este momento é incrível", assumiu.