"Toda a gente evolui e nós (no ciclismo) estamos a fazer as mesmas coisas há 40 anos. No meu caso, comecei no ciclismo profissional na década de 1980 e pouco mudou", disse o experiente diretor aos jornalistas em Paipa, cidade onde a Volta à Colômbia vai começar na terça-feira.
Entre as ideias propostas por Eusebio Unzué, 68 anos, está a possibilidade de substituir um ciclista em caso de retirada na Volta a França, no Giro de Itália ou na Volta a Espanha.
"Temos de tornar as regras mais humanas e menos brutais", acrescentou, recordando que "durante muito tempo" não foi possível fazer alterações no futebol, antes de as regras mudarem.
Unzué foi mais longe e falou sobre a possibilidade de um ciclista não ser obrigado a desistir de uma corrida para a qual se preparou durante todo o ano devido a um acidente: "Se ele se despista, deve fazer exames e poder começar no dia seguinte" com o pelotão, disse.
Plugge vai mais longe
Plugge sugeriu também a redução das principais corridas para duas semanas, em nome do espetáculo e para "humanizar" os ciclistas.
Dadas as elevadas exigências, é raro um ciclista disputar as três provas num ano, pelo que as grandes estrelas nem sempre se encontram.
A abordagem de Eusébio é, até agora, uma proposta numa disciplina que procura mais emoções.

O diretor da Visma, Richard Plugge, propôs recentemente alterações profundas ao calendário e à organização das equipas.
Na imprensa, a iniciativa de Plugge foi apelidada de "Superliga", uma referência às aspirações de clubes como o Real Madrid e o Barcelona de criar uma competição paralela às competições da UEFA.