O encontro, sabia-se, tinha contornos de decisão para as contas do grupo. Com o Club Brugge apurado desde o final da 4.ª jornada e o triunfo do FC Porto na Bélgica (4-0), o Atlético de Madrid estava obrigado a vencer o Bayer Leverkusen, em pleno Wanda Metropolitano, para poder ainda ambicionar com a passagem à próxima fase da Champions.
Recorde as incidências do jogo
No meio de tudo isto, a formação alemã jogava, também, a possibilidade de continuar nas provas europeias, pelo que precisava de garantir pelo menos um empate para continuar a sonhar com a Liga Europa.
Estavam, portanto, reunidos os ingredientes para um bom espetáculo, que começou a desenhar-se logo à entrada dos 10 minutos de jogo, altura em que Moussa Diaby, bem servido por Adam Hlozek, rematou de pé esquerdo e abriu o ativo a favor dos germânicos.
A resposta da turma de Madrid não se fez esperar e chegou pelo pé direito de Carrasco, que deu a melhor sequência a uma boa jogada de envolvimento do ataque, restabelecendo a igualdade com um remate forte e colocado.
O Atlético parecia crescer no jogo, mas, sete minutos volvidos, Angel Correa perdeu a bola em zona proibida e abriu caminho a Nadiem Amiri, que assistiu Hudson-Odoi para o 2-1 do Leverkusen, que se manteve até ao intervalo.
Cientes da obrigatoriedade de vencerem, os comandados de Diego Simeone voltaram ao relvado com a intenção clara de tomarem as rédeas do encontro e não tardaram a devolver o empate ao marcador. Cinco minutos depois do descanso, Carrasco recebeu a bola no lado esquerdo do ataque, trabalhou bem sobre a defesa contrária e entregou a Rodrigo de Paul, que, desde entrada da área, colocou o estádio em ebulição.
Final do jogo ou nem por isso?
À medida que se aproximava do fim, a partida ia merecendo cada vez mais atenção. Aos adeptos espanhóis e alemães juntavam-se os portugueses, especialmente os afetos ao FC Porto, a quem o resultado no Wanda Metropolitano impactava diretamente.
Até que, pouco depois dos cinco minutos adicionais dados por Clément Turpin, lá surgiu o apito final, que garantia aos ‘dragões’ os oitavos de final da Liga dos Campeões e deixava tudo em aberto na disputa de um lugar na Liga Europa para Atlético de Madrid e Bayer Leverkusen.
Mas seria mesmo o final? Pois, não. Depois de tanta emoção vivida durante o jogo, e já depois do apito final, o árbitro francês foi alertado pelo VAR sobre uma possível irregularidade na grande área dos germânicos, passível da marcação de grande penalidade.
Depois de alguns minutos de conferência e de análise das imagens, a decisão estava tomada e o Atlético de Madrid teria uma possibilidade de ouro de se manter em prova. Mas a verdade é que Hollywood parecia ter-se mudado de malas e bagagens para a Europa, já que poucos podiam imaginar no que resultaria o ato final deste encontro.
Carrasco rematou, Lukas Hradecky defendeu, Saul Niguez cabeceou à trave e, como se não bastasse, Reinildo Mandava tentou a sua sorte, mas atirou contra o pé de… Carrasco, que havia cobrado a grande penalidade.
A bola estava fora do terreno de jogo e, agora, sim, a partida terminava, com desilusão colchonera e festa de alemães, no relvado, e da comitiva do FC Porto, já no avião de regresso a Portugal.