Com uma comitiva recorde de 50 atletas, 26 mulheres e 24 homens, Portugal contou apenas com oito finalistas, com lugares entre os oito primeiros, destacando-se os três medalhados e os dois quartos classificados.
Pedro Pablo Pichardo conquistou a medalha de prata no triplo salto, com novo recorde nacional (18,04 metros), e Agate Sousa e Liliana Cá as de bronze, respetivamente, no comprimento (6,91 metros) e no lançamento do disco (64,53 metros), esta última valorizada com os ‘mínimos’ para os Jogos Olímpicos Paris, na qualificação (64,72).
Perto do pódio ficaram Tiago Luís Pereira, no triplo, e Irina Rodrigues, no disco, com os quartos lugares conquistados nos respetivos concursos, enquanto a estafeta masculina 4x400 metros bateu duas vezes o recorde nacional, fixando-o em 3.01,89 minutos, na final, que terminou no sexto posto.
Destaque ainda para os oitavos lugares de Salomé Afonso, nos 1.500 metros, e Fatoumata Diallo, nos 400 metros barreiras, esta última ‘abrilhantada’ pelo recorde nacional nas semifinais (54,65), que a colocou em Paris-2024.
Jessica Inchude, nona no peso, e João Coelho, nono nos 400 metros, apesar deste ter ficado fora da final, também conseguiram classificações honrosas, à semelhança de Francisco Belo e Isaac Nader, ambos no 10.º, no peso e nos 1.500, respetivamente, enquanto Gerson Baldé terminou a final do comprimento sem marca.
Com quatro recordes nacionais e dois apuramentos olímpicos, os oito finalistas lusos asseguraram 34 pontos, no sétimo melhor desempenho desde Atenas-1982, quando Portugal conquistou a primeira medalha, por Rosa Mota.
Apesar de contar 25 presenças - esteve ausente em Oslo1946 –, Portugal só à 12.ª vez chegou às medalhas, tendo, desde então, conseguido sempre chegar ao pódio.
Em Atenas1982, Rosa Mota conquistou a primeira medalha portuguesa de maratona em Campeonatos da Europa, feito que repetiria nas duas edições seguintes (Estugarda-1986 e Split-1990), e que teve continuidade com Manuela Machado (Helsínquia-1994 e Budapeste-1998), nestas duas últimas já com os títulos nos 10.000 metros de Fernanda Ribeiro e António Pinto, respetivamente.
Desde então, o historial luso cresceu, com destaque para os desempenhos em Budapeste1998, com recorde de medalhas, seis (duas de ouro, três de prata e uma de bronze), sem superar a pontuação que alcançou em Barcelona2010 – 57 contra 48 -, apesar de na cidade espanhola não ter conquistado qualquer título (quatro pratas e um bronze), então a primeira vez no pós-Atenas1982, a que se juntaria Zurique-2014 e, agora, Roma-2024.
Na capital italiana, Portugal somou 34 pontos, mesmo assim, mais nove do que em Munique-2022, com o ouro de Pichardo e a prata de Auriol Dongmo, no peso, e mais seis do que em Berlim-2018, com os títulos de Nelson Évora, também no triplo, e Inês Henriques, na estreia e entretanto extinta distância de 50 quilómetros marcha.
Em número de medalhas, Roma-2024 fica ao nível (três), mas sem ouro, de Helsíquia-1994, Munique-2002 e Helsíquia-2012, mas atrás das já delegações a Budapeste-1998 (seis), Barcelona-2010 e Amesterdão-2016 (ambas com cinco) e Gotemburgo-2006 (quatro).
Portugal deixa a capital italiana com um total absoluto de 41 medalhas, as mesmas 16 de ouro, mas agora com 15 de prata e 10 de bronze, e 114 finalistas após a 26.ª edição dos campeonatos, em que terminou no 21.º lugar do medalheiro.