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Jogos Europeus: "A ambição é crescer", deseja chefe da Missão de Portugal

Marco Alves é o chefe da missão portuguesa
Marco Alves é o chefe da missão portuguesaCOP
O Comité Olímpico de Portugal (COP) vai apresentar uma delegação de 206 atletas aos Jogos Europeus Cracóvia 2023 apostados em “melhorar” o desempenho nacional em Minsk 2019, mesmo com as dificuldades logísticas inerentes à “pouco experiente” organização polaca.

A ambição é crescermos. Podermos conquistar sempre mais e ir mais além. Não podemos defender algumas medalhas de Minsk2019, como as três na ginástica acrobática, porque é uma das modalidades que já não fazem parte do programa, mas a fasquia é continuar a melhorar sempre os resultados”, ilustra, à Lusa, o chefe da Missão de Portugal, Marco Alves.

Na primeira edição, em Baku 2015, Portugal apresentou 100 atletas em 14 modalidades e garantiu o 18.º com 10 pódios, subindo a 17.º em Minsk 2019 com as 15 medalhas dos 99 desportistas em 13 disciplinas, sendo que agora o COP apresenta equipas em 23 diferentes competições, que em vários casos se multiplicam entre provas individuais, por equipas, pares ou duplas.

“O conceito dos Jogos Europeus ainda está a crescer”, admite Marco Alves, um dos motivos que justifica as “muitas diferenças no calendário competitivo” entre as três edições.

O responsável do COP destaca a “valorização” deste evento no “panorama desportivo internacional” pelo facto de a organização ter conseguido que algumas federações internacionais atribuíssem vagas de apuramentos olímpicos às suas provas em Cracóvia, enquanto em outros casos são pontos para o ranking de qualificação.

A partir desse chamariz, aumenta o nível competitivo e o interesse das mesmas. Estes Jogos Europeus marcam um ponto de viragem em termos de valorização no calendário desportivo internacional”, considera.

Marco Alves saúda a abertura do torneio a novas modalidades como o teqball, muay thay, breaking e padel, bem como a equipas de andebol de praia ou râguebi sevens.

A magia dos eventos multidesportivos é permitir intercambio de experiências, vivências, partilha entre mais e menos jovens. Entre quem nunca esteve numa missão do COP e quem esteve várias vezes. Tudo numa aldeia, na qual vamos estar a maior parte do tempo. São vivências que ficam para a vida na carreira desportiva”, enaltece.

Para que nada falhe aos protagonistas, a equipa do COP viajou mais cedo para a Polónia, para que os atletas tenham acesso a tudo o que lhes permita estarem nas melhores condições: apesar desse esforço, a preparação polaca não facilitou este anseio, uma vez que as missões têm somente dois dias para cuidar de tudo, ao invés dos “oito a dez” das duas edições anteriores.

Em outros Jogos as duas grandes dúvidas foram relativamente às instalações desportivas e à prontidão da aldeia. Não é o caso da Polónia, que já tem um parque de instalações desportivas instalado, conseguem albergar este evento. A limitação é de tempo. Os alunos só agora tiveram de sair do campus universitário que recebe a aldeia olímpica... o que nos dá somente dois dias para ter tudo pronto”, lamenta.

Marco Alves assume que há “vários temas pendentes de resolução” por parte da “organização algo inexperiente” da Polónia e que faz com que o COP vá ter “muito pouco tempo para conseguir dar a volta a algumas situações”.

A partir de quarta-feira, Portugal vai apresentar-se em Cracóvia 2023 com uma missão de 206 atletas, que competirão em andebol de praia, atletismo, badminton, boxe, breaking, canoagem (slalom e velocidade), ciclismo BTT, esgrima, futebol de praia, judo, karaté, muaythai, natação artística, padel, pentatlo moderno, râguebi sevens, taekwondo, ténis de mesa, teqball, tiro, tiro com arco e tiro com armas de caça.