Em declarações à revista americana Essence, Fraser-Pryce disse que se está a forçar a reformar aos 37 anos para passar mais tempo com a família.
"O meu filho precisa de mim", disse Fraser-Pryce à revista. "O meu marido e eu estamos juntos desde antes de eu ganhar em 2008. Ele sacrificou-se por mim. Somos uma parceria, uma equipa".
"É por causa desse apoio que sou capaz de fazer as coisas que tenho feito durante todos estes anos. E acho que agora devo-lhes isso para fazer outra coisa", sustentou.
Fraser-Pryce está concentrada nos treinos para uma última oportunidade de glória olímpica em França, o que, segundo ela, significa "ultrapassar os limites" e "mostrar às pessoas que se pára quando se decide".
"Quero terminar nos meus próprios termos", atirou.
Fraser-Pryce ganhou oito medalhas olímpicas, incluindo o ouro nos 100 metros em 2008 em Pequim e 2012 em Londres e um título olímpico em Tóquio como parte da estafeta 4x100 da Jamaica.
O seu palmarés inclui ainda a prata nos 100 metros em Tóquio e nos 200 metros em Londres e o bronze nos 100 metros no Rio de Janeiro em 2016.
Ganhou os títulos mundiais dos 100 metros em 2009, 2013, 2015, 2019 e 2022, mais uma coroa mundial dos 200 metros em 2013 e os ouros da estafeta 4x100 em 2009, 2013, 2015 e 2019.
"Não há um dia em que me levantei para ir treinar e pensei: 'Já ultrapassei isto'", disse Fraser-Pryce.