Atletismo: Grand Slam Track declara falência mas ainda espera recuperar

Michael Johnson não se dá por vencido
Michael Johnson não se dá por vencidoArtur Widak / ANADOLU / Anadolu via AFP

O circuito de meetings de atletismo Grand Slam Track entrou esta quinta-feira no regime do capítulo 11 da lei norte-americana sobre falências para se reestruturar, numa altura em que o seu criador, Michael Johnson, recusa desistir.

O Grand Slam Track espera recorrer ao capítulo 11 para "estabilizar as suas finanças, implementar um modelo mais eficiente e posicionar-se para o sucesso a longo prazo", refere a empresa em comunicado.

Segundo o documento de declaração de falência, a empresa ainda deve mais de 10 milhões de dólares aos atletas e aos seus fornecedores.

Antiga estrela do atletismo e tetracampeão olímpico, Michael Johnson "recusa desistir", afirma no comunicado.

Anunciada com grande destaque em 2024 pela lenda norte-americana dos 200 e 400 metros, a competição pretendia "renovar o atletismo" com um novo formato apenas com corridas, atletas sob contrato e prémios de valor inédito para o principal desporto olímpico.

No entanto, após etapas em Kingston em abril, Miami no início de maio e Filadélfia no final de maio — esta última já reduzida de três para dois dias e sempre em estádios de dimensão média com bancadas pouco preenchidas —, o Grand Slam Track decidiu cancelar, por motivos económicos, o seu último evento previsto para Los Angeles no final de junho.

Esta época, o circuito reuniu algumas estrelas da pista como as multi-campeãs olímpicas norte-americanas Sydney McLaughlin-Levrone e Gabby Thomas, mas foi ignorado por grandes nomes do sprint, como Noah Lyles, Julien Alfred e Sha'Carri Richardson.