“Acredito que vivemos um novo tempo no que diz respeito à visão política sobre o desporto. Esta convicção materializa-se nos investimentos anunciados e na ambição do Plano Nacional de Desenvolvimento Desportivo, com um horizonte de 12 anos, e na aprovação, em Conselho de Ministros, dos novos valores de financiamento”, disse José Lourenço, na gala anual do CPP, que decorreu em Lisboa.
Em 20 de novembro, foi aprovado em Conselho de Ministros o PNDD, de 2025 a 2036, com um custo de 130 milhões de euros – já contando com os 65 do contrato-programa assinado com Comité Olímpico de Portugal (COP) e CPP para o período entre 2024 e 2028 – e 44 medidas, muitas delas que vão além do desporto.
José Lourenço destacou ainda o reforço das verbas de preparação para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2028 na ordem dos 30%, e dos Jogos Surdolímpicos em 70%, assumindo “a dimensão dos desafios que virão pela frente”.
Na cerimónia que distinguiu vários atletas paralímpicos e surdolímpicos que se sagraram campeões mundiais no ano de 2025, a ministra da Cultura, Juventude e Desporto destacou hoje a necessidade de “apoiar quem já conquistou bons resultados, dando-lhe mais condições, e criar condições de que ninguém fique afastado por falta de apoios”.
Margarida Balseiro Lopes enalteceu os resultados obtidos recentemente nos Jogos Surdolímpicos Tóquio-2025, os melhores de sempre para Portugal, com seis medalhas e nove diplomas, “devem ser um estímulo para novas conquistas”, e lembrou o empenho do Governo na política desportiva, enaltecendo o PNDD.
“Temos um valor recorde sem precedentes dos programas de preparação” afirmou, considerando que o reforço dos apoios “é mais uma mudança profunda da forma como o país apoia os seus atletas”.
Além de atletas e várias entidades, o CPP distinguiu este ano com a Ordem Paralímpica, a mais alta distinção atribuída pelo organismo, Leila Marques, antiga nadadora paralímpica e vice-presidente do organismo, que foi recentemente eleita primeira vice-presidente do Comité Paralímpico Internacional (IPC).
