"É um tiro de aviso às autoridades para dizer que, seis meses antes do evento, as forças da ordem não sabem como vai ser o verão para elas", disse Grégory Joron, chefe do sindicato SGP Police FO, à Sud Radio.
"As condições em que as forças policiais estão a ser lançadas nos Jogos Olímpicos não são boas", assumiu.
Joron reiterou o seu pedido de clareza nas condições de trabalho e, em particular, de um bónus de 1.500 euros para todos os polícias.
Os sindicatos da polícia já convocaram uma greve para 18 de janeiro, para manifestar o seu descontentamento com a aproximação dos Jogos.
Autocarros com cartazes onde se lia "L'important, c'est d'anticiper" ("O importante é antecipar") deixaram a Place de l'Eglise Saint-Augustin, no centro de Paris, no início desta quarta-feira, e dirigiram-se para a Place de la Bastille, na zona este da capital.
A partir do final de julho, em pleno período de férias nacionais, os Jogos Olímpicos deverão exercer uma enorme pressão sobre a mão de obra parisiense, num contexto de ameaças acrescidas à segurança e de falta crónica de pessoal na polícia, nos hospitais e nos transportes públicos.
Cerca de 30.000 polícias e soldados serão mobilizados para garantir a segurança da cerimónia de abertura, a 26 de julho, quando se espera que cerca de 600.000 pessoas assistam ao cruzeiro dos atletas e das delegações ao longo do Sena.