Em 2021, após um ano de adiamento, os Jogos Olímpicos de Tóquio realizaram-se, mas à porta fechada, devido à pandemia de Covid-19, que tornou o espetáculo desportivo silencioso e triste.
"Há algo de fantástico em ver (desporto) ao vivo no estádio e é triste que as pessoas não tenham tido a oportunidade de o testemunhar" na altura dos Jogos Olímpicos, disse Takashi Takeichi à AFP numa entrevista na quinta-feira.
"Os atletas, especialmente os japoneses, disseram-me que era difícil para eles estarem sozinhos durante as competições, em frente a bancadas vazias. Estavam ansiosos por outra oportunidade de competir em Tóquio e atuar num estádio cheio", acrescentou Takeichi.
Felizmente, não haverá tais restrições quando a capital japonesa receber atletas de todo o mundo no Estádio Nacional, em setembro. O estádio, com capacidade para 65.000 espetacdores, foi o principal palco dos Jogos Olímpicos de 2021, acolhendo o atletismo e as cerimónias de abertura e encerramento.
Takeichi espera que os campeonatos do mundo sejam mais parecidos com os Jogos Olímpicos de Paris, no verão passado, onde gostou de ver "os adeptos a celebrarem todos juntos".
"Gostaria de ver o estádio a bater palmas em uníssono quando assiste a uma grande atuação, ou o público a juntar-se em silêncio no início de uma corrida", explica. "Quero que toda a gente se sinta feliz com a ideia de ir ao estádio".
Depois de meses de pré-venda, a venda geral de bilhetes começou no final de janeiro e Takeichi está confiante de que os nove dias de competição estarão completamente lotados.
Espera também que o evento reacenda o entusiasmo do público japonês pela organização de eventos desportivos internacionais, especialmente depois dos escândalos de corrupção que surgiram na sequência dos Jogos Olímpicos de Tóquio e do abandono da candidatura de Sapporo aos Jogos Olímpicos de inverno de 2030.
"Se organizarmos (estes Mundiais) corretamente ou não, será a chave para saber se Tóquio poderá acolher outros grandes eventos desportivos no futuro", advertiu.
"Se voltarmos a falhar, o público não perdoará. Se conseguirmos que as pessoas acreditem em Tóquio e no Japão, penso que isso terá um impacto no futuro".