O objetivo das autoridades desportivas é acabar com os repetidos escândalos de doping que têm assolado o desporto. Esta vigilância reforçada será efectuada em colaboração com as agências antidopagem quenianas e a Federação Internacional (World Athletics).
Foi identificado um grupo de 444 candidatos aos Campeonatos do Mundo, que serão sujeitos ao programa de testes, afirmou Jackson Tuwei, Presidente da Federação Queniana - Athletics Kenya (AK).
"Os atletas podem ser sujeitos a testes em competição e fora de competição", disse Tuwei aos jornalistas.
"A falta a um teste ou o incumprimento das autoridades responsáveis pelos testes e pelos procedimentos de recolha de amostras afetará a sua elegibilidade para participar nos Campeonatos do Mundo", acrescentou.
O Quénia investiu fortemente para restaurar a sua imagem após uma série de escândalos de dopagem em torno dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016, que levaram a que fosse declarado "não conforme" pela Agência Mundial Antidopagem (WADA).
Cerca de 130 atletas quenianos, principalmente corredores de longa distância, foram sancionados por infrações de doping desde 2017.
Em março, o antigo recordista mundial da meia maratona, Kibiwott Kandie, foi suspenso pela Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) enquanto estava a ser investigado por "fugir, recusar ou não se submeter à recolha de uma amostra".
Embora o governo tenha anunciado que vai investir 25 milhões de dólares em cinco anos para combater o problema, o Diretor-Geral da AMA, Olivier Niggli, descreveu recentemente o Quénia como "uma questão preocupante há vários anos".
O presidente da federação internacional de atletismo, Sebastian Coe, manifestou, no entanto, a sua satisfação com os progressos realizados pelo Quénia durante uma recente visita ao país.