Os atletas vencedores do Quénia foram recebidos com grande entusiasmo esta terça-feira, depois de terminarem em 2.º lugar na tabela geral de medalhas do campeonato mundial em Tóquio, conquistando sete ouros.
A equipa do país da África Oriental arrecadou um total de 11 medalhas – além dos ouros, conquistou duas pratas e dois bronzes – sendo superada apenas pelos Estados Unidos, que somaram 26 medalhas.
Envoltos em fitas brilhantes e coroas tradicionais na cabeça, os atletas foram levados por uma multidão animada de fãs, dirigentes e familiares, após saírem do principal aeroporto de Nairobi.
"Sabíamos que tínhamos conseguido o impossível", afirmou Faith Kipyegon, tricampeã olímpica, que conquistou um inédito quarto título mundial nos 1.500m femininos.
Foi incrível ver "o Quénia a dominar desde os 800m até à maratona", disse.
Beatrice Chebet, campeã mundial dos 5.000m e 10.000m, contou aos jornalistas que já está focada no próximo objetivo.
"Ser múltipla campeã mundial e múltipla campeã olímpica. É isso que quero agora," afirmou.
Chebet tornou-se apenas a terceira mulher a competir nos 5.000m e 10.000m num campeonato mundial, depois da etíope Tirunesh Dibaba e da compatriota Vivian Cheruiyot.
Também estiveram presentes Lilian Odira e Emmanuel Wanyonyi, que conquistaram o ouro nos 800m feminino e masculino.
"É muito emocionante saber que continuamos a ser a grande força do atletismo em toda a África – somos os melhores", disse o treinador queniano Alex Sang.
No entanto, a situação do país é preocupante nos bastidores, com a Agência Mundial Antidopagem a ameaçar sancionar o organismo nacional do Quénia por "não conformidade".
Cerca de 140 atletas quenianos, principalmente corredores de longa distância, foram suspensos pela Unidade de Integridade do Atletismo desde 2017 – mais do que qualquer outro país.