A sua suspensão entra em vigor a partir de sexta-feira, com o crédito da suspensão provisória que cumpriu entre 12 de abril e 19 de junho do ano passado, impedindo o jovem de 21 anos de competir nos próximos Campeonatos do Mundo em Tóquio.
Knighton, medalha de prata mundial nos 200 metros em 2023, foi acusado de ADRV em maio de 2024, quando um teste antidoping fora de competição revelou a presença de Epitrenbolona, um esteroide anabolizante que consta da lista de proibidos da WADA.
A Agência Antidopagem dos Estados Unidos (USADA) tentou sancionar Knighton, mas um Tribunal Arbitral decidiu que ele não deveria ser banido, uma vez que não teve qualquer culpa ou negligência relativamente à utilização e presença da substância.
A decisão autorizou-o a competir nas eliminatórias olímpicas dos EUA.
No entanto, a World Athletics e o organismo antidopagem global recorreram ao mais alto tribunal do desporto contra a USADA e Knighton para anular a decisão do Tribunal e ambos os recursos foram considerados conjuntamente.
"A WA e a WADA consideraram que as provas apresentadas pelo atleta e as suas explicações sobre um cenário de contaminação da carne não cumpriam a prova de origem exigida e eram estatisticamente impossíveis. Knighton argumentou que o ADRV foi causado pela ingestão de um prato de rabo de boi contaminado com trembolona", afirmou o TAD num comunicado.
A trembolona é um conhecido promotor de crescimento de gado usado legalmente em gado de corte produzido e exportado para os Estados Unidos.
"O painel do TAD determinou que não há provas que apoiem a conclusão de que o rabo de boi importado para os EUA provavelmente conteria resíduos de trembolona no nível necessário para causar o achado analítico adverso do atleta", acrescentou.
Apesar de o TAD ter dado provimento ao recurso para uma suspensão de quatro anos, só parcialmente concedeu o seu pedido de desqualificação de todos os seus resultados desde março de 2024. Ele foi desqualificado retroativamente de 26 de março a 12 de abril de 2024.