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Mundiais de Atletismo: Fatoumata Diallo feliz, com recorde, e triste, porque queria mais

Fatoumata Diallo fez o balanço
Fatoumata Diallo fez o balançoFPA | SPORTMEDIA
A portuguesa Fatoumata Diallo assumiu-se hoje feliz, após bater o recorde nacional dos 400 metros barreiras nos Mundiais de atletismo Tóquio-2025, mas com vontade de conseguir mais,

A barreirista do Benfica, de 25 anos, terminou a terceira série das semifinais no quarto lugar, em 54,45 segundos, retirando sete centésimos ao seu recorde nacional (54,52 conseguidos já este ano), mesmo assim insuficientes para um dos dois primeiros lugares ou para as duas vagas da repescagem

Como atleta, nunca fico satisfeita. Quer dizer, contente e ao mesmo tempo triste. Contente pelo recorde nacional, é sempre um prazer, mas queria estar na final, com grandes atletas. No ano passado, fui 17.ª nos Jogos Olímpicos Paris-2024, estou cada vez mais perto e estou contente de evoluir passo a passo, pouco a pouco”, afirmou a atleta, nascida na Guiné-Conacri.

Fatoumata Diallo terminou as meias com o 13.º tempo global, a 80 centésimos da última repescada, a belga Naomi Van Den Broeck (53,65), ficando de fora do que seria uma inédita final para uma portuguesa.

Além do recorde nacional, a atleta encarnada conseguiu o melhor resultado português de sempre na prova, superando o 24.º lugar obtido em Daegu-2011 pela anterior recordista nacional Vera Barbosa.

“Ser a melhor de sempre valoriza, valoriza sempre, é bom para mostrar aos portugueses que se eu consigo, eles conseguem. Para novos atletas, os jovens, quero mostrar-lhes que tudo é possível, têm de acreditar no trabalho e no que é mais duro”, enalteceu.

A aleta radicada em França, oitava nos Europeus Roma-2024, reiterou a boa opção pelas barreiras, em detrimento dos 400 planos, distância em que disputou a estafeta 4x400 em Budapeste-2023.

Sempre gostei de fazer barreiras, mas só comecei em 2023. Foi uma boa escolha, sinceramente”, rematou.

O melhor tempo das semifinais foram os 52,31 segundos da neerlandesa Femke Bol, atual campeã mundial e duas vezes ‘vice’ olímpica, em ambos os casos atrás da norte-americana Sydney McLaughlin-Levrone, que fez o percurso inverso à da portuguesa, dedicando-se aos 400.