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Mundiais de Atletismo: Pichardo salta para ser o primeiro bicampeão português

Pichardo em ação
Pichardo em açãoKirill KUDRYAVTSEV / AFP
Pedro Pablo Pichardo disputa a final do triplo salto dos Campeonatos do Mundo de atletismo Tóquio2025, na sexta-feira, com a oportunidade de ouro de se tornar no primeiro bicampeão mundial português.

O campeão em Oregon-2022 volta a competir no palco onde alcançou o título olímpico de Tóquio-2020, sem o rival que o desalojou do topo dos pódios dos Jogos Paris-2024 e dos Europeus Roma-2024, o espanhol Jordan Díaz, que se lesionou no primeiro salto da qualificação.

Mesmo sem conseguir a qualificação direta, como costuma, e de ter avançado com a terceira marca (17,09), atrás do argelino Yasser Mohammed Triki (17,26) e do jamaicano Jordan Scott (17,19), Pichardo, de 32 anos, é o mais conceituado finalista em Tóquio-2025, detentor do maior salto entre os finalistas (18,08).

Um estatuto válido apesar de ter a terceira melhor marca do ano entre os presentes (17,47), atrás de do italiano Andy Díaz (17,80), que reinou na pista coberta este ano, nos Europeus Apeldoorn-2025 e Mundiais Nanjing-2025, e de Scott (17,52).

A final está marcada para as 20:50, com Pichardo a abrir a competição, para os três primeiros saltos, tendo em vista outros três, reservados aos oito melhores classificados.

Caso reconquiste o título mundial, Pichardo torna-se no primeiro português a consegui-lo, enquanto se se quedar por outro lugar do pódio iguala Carla Sacramento e João Vieira, com dois metais.

Uma segunda medalha em Tóquio-2025 promove também esta edição no histórico nacional, igualando as dobradinhas de Roma-1987 (ouro de Rosa Mota na maratona e prata de Domingos Castro nos 5.000 metros), Londres-2017 (ouro de Inês Henriques nos 50 km marcha e bronze Nelson Évora no triplo salto), Berlim-2009 (prata de Évora no triplo e bronze de Naide Gomes no salto em comprimento) e Helsínquia-2005 (bronzes de Rui Silva nos 1.500 metros e de Susana Feitor nos 20 km marcha).

O recorde luso é de quatro medalhas, somadas em Gotemburgo-1995 (ouros de Manuela Machado na maratona e Fernanda Ribeiro nos 10.000, com a prata nos 5.000, e o bronze de Carla Sacramento nos 1.500) e em Atenas-1997 (ouro de Sacramento nos 1.500, pratas de Machado na maratona e Ribeiro nos 10.000, ainda com o bronze nos 5.000).