A atleta do Benfica, de 27 anos, cumpriu a distância em 4.07,44 minutos, atrás da queniana Nelly Chepchirchir e da polaca Klaudia Kazimierska, primeira e segunda, em 4.07,01 e 4.07,34, respetivamente.
A vice-campeã nos Europeus ‘indoor’ Apeldoorn2025, e bronze nos 3.000, avançou com o 22.º tempo entre as 42 participantes nesta fase, qualificando-se de forma confortável.
“Senti-me superbem, superfluida, foi superfácil. Podia ter controlado um pouco mais, mas estou muito orgulhosa e muito contente por estas sensações”, explicou, na zona mista do Estádio Nacional do Japão.
Essas sensações permitiram que a lisboeta experimentasse uma “tática diferente”, a controlar o ritmo e um lugar de apuramento, numa competição com três corridas, com as semifinais no domingo, às 21:07 locais (13:07 em Lisboa), tendo em vista a final, na terça-feira, às 22:05 (14:05).
“Há esse fator (de ter três corridas), sim. A prova foi bastante lenta, foram basicamente 700 metros a acelerar, mas nunca senti que estava no limite. Tinha energia para reagir na reta final. De facto, três corridas implicam sempre uma certa gestão”, reconheceu.
Salomé Afonso cumpre a segunda presença em Mundiais, depois do 37.º posto em Budapeste2023, quando não superou esta fase, que até considera mais stressante.
“A primeira (corrida) é a mais difícil, do ponto de vista da gestão de ansiedade. Há atletas que podem surpreender. Na meia-final, é um grupo completamente seletivo, sabemos que vamos correr rápido e que não há margem para erros, nem dúvidas”, vaticinou.
A recordista nacional Carla Sacramento (3.57,71) sagrou-se campeã nesta distância, em Atenas1997.