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Síntese dos Mundiais de Atletismo: Agate Sousa é a primeira finalista portuguesa

Agate Sousa em ação
Agate Sousa em açãoFPA
Agate Sousa assegurou a primeira posição de finalista nos Campeonatos do Mundo de atletismo Tóquio-2025, ao terminar o concurso do salto em comprimento no sexto lugar, num dia em que Solange Jesus foi 19.ª na maratona.

A segunda jornada da 20.ª edição dos Mundiais começou com a sempre emblemática maratona, sob intenso calor e acentuada humidade, com as portuguesas Solange Jesus, a primeira a terminar, em 2:33.24 horas, pouco antes da compatriota e companheira de ritmo durante 30 quilómetros da corrida Susana Santos, 26.ª, com o tempo de 2:35.06.

Solange Jesus na meta reconheceu um crescendo de motivação ao longo da prova, com a progressão na classificação, um sentimento inverso ao de Susana Santos, que sofreu com o calor no último terço da corrida.

Ainda durante a manhã, Isaac Nader e José Carlos Pinto qualificaram-se para as meias-finais do 1.500 metros, ao superarem tranquilamente as eliminatórias, com os primeiro e segundo lugares nas respetivas séries, enquanto Nuno Pereira terminou a sua no ingrato sétimo posto – o primeiro dos excluídos.

Na mesma distância, Salomé Afonso avançou para a final, não sem antes passar pela tristeza de ser eliminada.

A atleta do Benfica, de 27 anos, colidiu, aproximadamente a meio da prova, com a alemã Nele Wesse, num choque em cadeia provocado pela desclassificada italiana Marta Zenoni. A germânica foi 11.ª e última na segunda semifinal e repescada para a final, ao passo que a portuguesa, 10.ª, viu um primeiro protesto negado, mas os juízes de apelo acolheram a contestação da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) e acabaram por reintegrar Salomé Afonso na final, agora alargada a 14 atletas.

A lisboeta, vice-campeã nos Europeus indoor Apeldoorn-2025, e bronze nos 3.000, vai disputar as três voltas e meia da final dos 1.500 metros na terça-feira, às 22:05 locais (14:04 em Lisboa).

Enquanto durava esse impasse, o ponto alto da noite na capital japonesa para a delegação portuguesa prometia ser o desfecho do salto em comprimento, com Agate Sousa a defender o terceiro lugar da qualificação.

No entanto, a medalha de bronze nos Europeus Roma-2024, mesmo assegurando esquecer-se das dores provocadas por um incomodativo torcicolo, saltou 6,67 metros, na sua terceira tentativa.

Esta marca, distante do melhor do ano (6,84) e ainda mais do recorde pessoal de 7,03 metros, alcançado em 2023, valeu a Agate Sousa o sexto lugar, a melhor classificação portuguesa até ao momento em Tóquio-2025, assegurando o estatuto de finalista, reservado aos oito primeiros de cada competição.

Apesar disso, e atendendo ao seu potencial, Agate Sousa assumiu que queria e ambicionava mais.