O primeiro dia no Estádio Nacional, uma obra de Kengo Kuma para os Jogos Olímpicos Tóquio2020, atribuiu as primeiras medalhas, que incluíram a estafeta mista 4x400 metros, dominada pelos Estados Unidos, igualando o recorde dos campeonatos.
Bryce Deadmon, Lynna Irby-Jackson, Jenoah McKiver e Alexis Holmes escreveram novo capítulo de domínio norte-americano nesta corrida, uma das mais recentes do programa dos Mundiais, com 3.08.80 minutos de marca, deixando os neerlandeses, com Femke Bol em prova, no segundo lugar, completando o pódio a Bélgica.
A recordista mundial dos 10.000 metros, a queniana Beatrice Chebet, sagrou-se hoje campeã do mundo pela primeira vez na carreira, com 30.37,61 de marca, juntando este aos ouros olímpicos nos 5.000 e 10.000 em Paris2024.
A italiana Nadia Battocletti voltou hoje a ‘brilhar’, ao ser segunda, como tinha sido em Paris2024, com novo recorde nacional (30.38,23), relegando para o terceiro lugar a etíope Gudaf Tsegay (30.39,65).
Aos 32 anos, o norte-americano Ryan Crouser continua a reinar no lançamento do peso, do qual será uma lenda quando se retirar, ao conquistar o terceiro título mundial da carreira, com 22,34 metros no melhor ensaio.
Três ouros mundiais e três olímpicos cimentam o estatuto de Crouser, que hoje foi o único a lançar acima dos 22 metros, à frente do mexicano Uziel Muñoz, que surpreendeu ao ficar com a prata, com 21,97, e do italiano Leonardo Fabbri, com 21,94.
Nos 100 metros, o vice-campeão olímpico jamaicano Kishane Thompson parou o relógio em 9,95 segundos, a mesma marca do arrebatador do ouro em Paris2024, o norte-americano Noah Lyles.
“Estou na forma da minha vida e a preparar algo especial. Correr em 9,95 é exatamente o que queria a começar”, declarou Lyles aos jornalistas.
De resto, nenhum favorito foi ‘apanhado’ antes das meias-finais, com Letsile Tebogo, campeão olímpico dos 200 metros do Botsuana, a qualificar-se, assim como o norte-americano Kenny Bednarek e o italiano Marcell Jacobs, tendo avançado também nomes como o jamaicano Oblique Seville e o sul-africano Gift Leotlela.
Na qualificação feminina, a campeã olímpica de Santa Lúcia, Julien Alfred, ‘brilhou’ na mesma série da lusa Lorène Bazolo, 32.ª na qualificação, e deixou um aviso à concorrência.
Alfred foi a mais rápida, com 10,93 segundos, contra os 10,99 da norte-americana Melissa Jefferson, estabelecendo um possível duelo, com nomes fortes dos 100 metros como Sa’charri Richardson, Twanisha Terry e Kayla White, também apuradas para as meias-finais.
No salto com vara, zero surpresas na qualificação do sueco Armand Duplantis, campeão olímpico e recordista do mundo, com 6,29 metros, tendo logrado o apuramento com 5,75, a caminho de um ‘quase certo’ terceiro título mundial seguido.
Durante a madrugada, João Vieira bateu o recorde de participações em Mundiais de atletismo, fechando a 14.ª com o 20.º lugar nos 35 quilómetros, destacando-se na tabela histórica aos 49 anos.
O primeiro dos 49 campeões do mundo a serem consagrados em Tóquio2025 foi o canadiano Evan Dunfee, que venceu a prova em 2:28.22 horas, ao gastar menos 33 segundos do que o marchador brasileiro do Benfica Caio Bonfim, que juntou esta medalha de prata à olímpica de Paris2024, deixando o japonês Hayato Katsuki no terceiro lugar, com 2.29.16, no primeiro pódio dos anfitriões.
A prova feminina foi disputada em simultâneo e vencida destacadamente pela espanhola Maria Pérez, em 2:39.01 horas, com a italiana Antonella Palmisano e a equatoriana Paula Milena Torres a ocuparem os segundo e terceiro lugares, a 3.23 e 3.43 minutos, respetivamente.
Na final em que a lusa Joana Pontes se estreou em Mundiais com o 27.º posto, Pérez chegou ao terceiro título mundial, aos 29 anos, e isolou-se como única ‘tri’ espanhola.