A fulgurante ponta final do meio-fundista algarvio, de 26 anos, assegurou o oitavo título mundial e o 24.º metal de sempre, ao cumprir as três voltas e meia à pista em 3.34,10 minutos, impondo-se por menos dois centésimos do que o britânico Jaque Wightman, enquanto o queniano Reynold Cheruiyot terminou no terceiro lugar, em 3.24,25.
Isaac Nader sucedeu no historial ao também britânico Josh Kerr, reanimando o meio-fundo português, arredado dos pódios dos Mundiais há 20 anos, desde que Rui Silva, antigo treinador do agora campeão e antecessor nos seus recordes nacionais, chegou ao bronze, em Helsínquia2005.
Antes, já Carla Sacramento se tinha sagrado campeã em Atenas1997, depois do terceiro lugar em Gotemburgo1995.
O primeiro ‘metal’ e logo de ouro sucede no historial luso ao também título mundial de Pedro Pablo Pichardo, em Oregon2022, depois da ‘seca’ em Budapeste2023.
Qualificou-se para a final de sexta-feira, às 20:50 locais (12:50 em Lisboa) – na qual vai estar ausente o seu ‘carrasco’ em Roma2024 e Paris2024 Jordan Díaz, por lesão –, com 17,09 metros, a terceira marca entre os inscritos, à segunda tentativa, ficando a um centímetro da marca de qualificação direta – uma raridade na carreira de Pichardo, que costuma avançar ao primeiro salto.
O campeão olímpico em Tóquio2020 e ‘vice’ em Paris2024 é outra das esperanças nacionais para alcançar as medalhas, que esteve ausente por lesão da última edição dos Mundiais, e foi a exceção na ‘razia’ nacional, com as eliminações de Tiago Luís Pereira, também no triplo, sem nenhum salto válido, de Leandro Ramos, no dardo, Lorene Bazolo, nos 200 metros, e Fatoumata Diallo, nos 400 barreiras, mas com recorde nacional.
Apesar de afastada da final, a barreirista do Benfica, nascida na Guiné-Conacri, melhorou o seu recorde nacional para 54,45 segundos, ‘retirando’ sete centésimos à anterior marca, alcançada já este ano.
Fatoumata Diallo sai de Tóquio2025 com o 13.º tempo das eliminatórias, à porta da final, cuja repescagem fechou em 53,65 segundos, da belga Noemi van den Broeck, conseguindo o melhor resultado de sempre luso na disciplina, ao superar o 24.º lugar em Daegu2011 de Vera Barbosa.