Mais

Síntese Mundiais de Atletismo: Estreia da estafeta 4x400 masculina coroada com recorde e final

A estafeta portuguesa em Tóquio
A estafeta portuguesa em Tóquio ČTK / AP / Abbie Parr
A estafeta masculina de 4x400 metros de Portugal estreou-se em Campeonatos do Mundo de atletismo, com o recorde nacional e a qualificação para a final de Tóquio 2025, após repescagem.

Pedro Afonso, Ericsson Tavares, João Coelho e Omar Elkhatib estabeleceram em 02.59,70 minutos o novo recorde nacional, que lhes valeu, inicialmente, o sexto lugar na segunda série e o sétimo tempo das meias-finais, o primeiro fora da final.

No entanto, a desclassificação de Austrália - e depois do Brasil -, da série dos velocistas lusos, repescou o quarteto nacional, que tem ainda o suplente Ricardo dos Santos, para a final marcada para domingo, às 20:20 locais (10:20 em Lisboa), na qual também não estará a Zâmbia, também afastada por irregularidade na passagem do testemunho, na outra série.

A anterior melhor marca nacional pertencia a Coelho, Tavares, Elkhatib e Santos, então em Guangzhou, na China, quando correram as quatro voltas à pista 03.01,78, em maio.

A estafeta lusa conseguiu o segundo recorde nacional nesta 20.ª edição dos Mundiais, depois de Fatoumata Diallo fixar o novo máximo nacional nos 400 barreiras em 54,45 segundos, e o quarto apuramento para uma final na pista, depois dos campeões Isaac Nader, nos 1.500 metros, e Pedro Pablo Pichardo, no triplo salto, e de Agate Sousa, sexta no salto em comprimento.

A participação nacional no oitavo e penúltimo dia de Tóquio 2025 arrancou com Vitória Oliveira nos 20 quilómetros marcha, que terminou no 28.º lugar, em 01:33.02 horas, a 07.08 minutos da vencedora, a espanhola María Pérez, que repetiu a dobradinha mundial com os 35 quilómetros.

A marchadora do Benfica, de 33 anos, cumpriu a sua terceira presença em Mundiais, depois do 19.º lugar nos 35 quilómetros em Oregon2022 e do 23.º nos 20 quilómetros em Budapeste2023.

Seguiram-se as saídas de prova sem glória, mais ou menos surpreendentes, de Auriol Dongmo, que tinha sido a melhor portuguesa em Budapeste2023, ao ficar à beira do pódio, com o quarto lugar, e Jessica Inchude, juntamente com Eliana Bandeira, que acabou por ser a melhor portuguesa.

Eliana Bandeira, de 29 anos, subiu do 21.º lugar em Budapeste para o 17.º, com 17,75 metros, mas não conseguiu avançar para a final, Jessica Inchude, da mesma idade, ficou na posição imediatamente a seguir, no 18.º posto, com um arremesso a 17,69 metros, enquanto Auriol Dongmo, de 35, não foi além dos 17,53, que lhe valeram o 20.º lugar.

A recordista nacional, com os 20,43 metros que lhe valeram o título de campeã do mundo em pista coberta em Belgrado 2022, não conseguiu melhorar os 17,53 do melhor arremesso no Estádio Nacional do Japão, onde, em 2021, foi quarta nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, prosseguindo o concurso com um nulo e um lançamento a 17,37.

Depois de ter sido a melhor representante lusa em Budapeste2023, com o quarto lugar, então melhorando uma posição relativamente a Oregon 2022, Dongmo saiu precocemente da competição, tal como Inchude, oitava nos Jogos Olímpicos Paris 2024, tentava chegar pela primeira vez a uma final de uns Mundiais.

Tal como na competição feminina do lançamento do peso, também no disco masculino Portugal ficou sem representante.

Neste caso, coube ao recordista nacional, Emanuel Sousa, estrear a bandeira lusa nesta competição - que já conta com alguma tradição no feminino, até pelos sextos lugares de Liliana Cá e Teresa Machado -, sem passar a qualificação, após dois nulos e um válido, a 56,97 metros, que o deixaram no 34.º lugar.