Depois de uma prova com quatro saltos nulos e uma marca de 16,74 metros no segundo ensaio, a garantir-lhe um dos oito primeiros lugares, o atleta de 30 anos saltou para a medalha no derradeiro ensaio, ao rubricar a marca de 17,08 metros, recorde pessoal em pista coberta,
“Vim para este concurso muito bem preparado. Sabia o que estava a fazer. Pensei que ia saltar mais do que saltei. Estou muito grato pela medalha, muito feliz com o resultado”, realçou, em declarações à Antena 1, após a conclusão da prova.
O saltador do Sporting assumiu ter dito ao treinador, João Ganço, que “ia colocar o pé para trás e arriscar tudo” no derradeiro ensaio, rumo à primeira medalha da sua carreira em provas internacionais.
“Sabia que podia fazer um bom salto, entrar nas medalhas. Falei com o meu treinador. Disse que ia colocar o pé para trás e arriscar tudo. Se fizesse nulo, fazia nulo”, acrescentou.
Tiago Luís Pereira disse ainda que preparou a época para “fazer um bom inverno, com bons meetings”, por forma a garantir uma vaga para Paris-2024, entre 26 de julho e 11 de agosto, e a tentar nova medalha em junho, no Europeu ao ar livre, em Roma.
“Lancei a minha candidatura para o título europeu em Roma (…). Já não serei um outsider em Roma. Já serei um candidato. Vou trabalhar para Roma e para Paris o melhor que posso”, prometeu.
O saltador conquistou a primeira medalha da delegação portuguesa nos Mundiais de Glasgow, que reúne 17 atletas, embora sem Pedro Pablo Pichardo, prata nos Mundiais de pista coberta de 2022, e Patrícia Mamona no triplo salto e ainda Auriol Dongmo, campeã mundial do lançamento do peso há dois anos, em Belgrado.