Recorde aqui as incidências do encontro

Os jogos a eliminar não são nada parecidos com os jogos da fase de grupos. Jannik Sinner experiencou isso mesmo na tarde deste domingo. Menos ainda quando se apanha com Novak Djokovic numa final. O número 1 do mundo venceu a final do Masters pela sétima vez na carreira, um recorde, visto que estava empatado com Roger Federer antes do jogo.

Os erros não forçados revelaram-se fatais para o italiano (10), enquanto o sérvio se mostrou imperturbável (20 winners) e pragmático (5 erros não forçados) - como sempre. "Esta é, sem dúvida, a melhor época da minha carreira", declarou o sérvio à ATP no final do encontro.

Djokovic, sozinho no mundo

Contra o italiano, o número 1 do mundo sabia que tinha muito trabalho pela frente. Os dois finalistas começaram o encontro a um nível elevado, com cada jogador a dar o seu melhor no jogo de serviço. Mas muito rapidamente, Novak Djokovic mostrou - uma e outra vez - quem é que manda. Com 2-1, o sérvio recuperou de uma desvantagem de 40-15 e aproveitou dois erros não forçados para conseguir o primeiro break point à primeira oportunidade (3-1).

Tudo estava muito claro no jogo de abertura de Nole. Confirmou a vantagem no jogo seguinte (4-1), e mostrou-se calmo como sempre na altura de servir. Com o 4-2 e a 5-3, deixou o italiano a zeros. Quanto aos ases, sucediam-se: no final do primeiro set, tinha 7. Logicamente, o primeiro set foi para o sérvio ao fim de 38 minutos (6-3).

Encostado as cordas no primeiro jogo de serviço do segundo set, o italiano estava muito mais tímido do que no início do encontro. O sérvio, impondo o seu ritmo, já tinha entrado na cabeça do adversário, como tão bem sabe fazer. Faltou coragem e nervo a Sinner contra um Djokovic que se movia rapidamente. O segundo set começou com um break a favor do número 1 do mundo (1-0).

Nole no controlo apesar da resposta de Sinner

Com a concentração no máximo, Djokovic colocou-se em boa posição para jogar de forma muito descontraída. Foi mais um jogo a zero do sérvio que continuou a acumular ases (2-0). O italiano pode então orgulhar-se de ter ganho o jogo mais longo do encontro até então (mais de 8 minutos), depois de ter salvo três duplos-breaks (2-1). No entanto, não foi suficiente para vencer o mestre absoluto do Masters.

Implacável, o jogador de 36 anos conseguiu o seu quinto jogo a zero (3-1). E depois, com 3-2, quando Sinner recuperava alguma confiança e era animado pelo público, Djokovic sentiu problemas pela primeira vez no jogo de serviço. O italiano teve a primeira oportunidade de quebrar a 15-40. Mas o sérvio produziu dois grandes serviços para voltar a empatar a partida, antes de vencer o tiebreak (4-2). Implacável.

A queda do sérvio durou pouco. O italiano cerrou os dentes enquanto tentava ganhar o seu serviço, mas Djokovic também se aguentou. Sinner conseguiu, finalmente, ganhar e fazer o 4-3, num jogo que durou 15 minutos. O suficiente para pressionar o sérvio? Bem, sim. Começou a jogar mais curto e falhou um vólei fácil (0-30). Mas aguentou-se, graças a algumas boas aberturas, a dois enormes erros não forçados do número 4 do mundo e a um ás para fechar (5-3).

No jogo seguinte, Djokovic teve o primeiro match point (30-40), enquanto a intensidade do outro lado começava a diminuir. E na única dupla falta de Sinner, o sérvio celebrou a conquista do seu sétimo Masters, bateu mais um recorde e continua a escrever a história deste desporto. Vemo-nos agora em 2024!