Mais

Autoridades francesas atribuem ao COI a decisão sobre atletas russos nos Jogos Olímpicos

Tony Estanguet, presidente do comité organizador dos Jogos de Paris, vincou que cabe ao COI uma decisão final sobre a participação russa
Tony Estanguet, presidente do comité organizador dos Jogos de Paris, vincou que cabe ao COI uma decisão final sobre a participação russaAFP
O governo francês e a organização dos Jogos Olímpicos de Paris-2024 atribuíram ao Comité Olímpico Internacional (COI) a responsabilidade de decidir sobre a participação de atletas russos no evento, um dia depois da presidente da Câmara Municipal parisiense ter defendido a proibição de participação dos mesmos "enquanto exista guerra" na Ucrânia.

Anne Hidalgo foi ao encontro da posição defendida pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que desafiou a França, na pessoa de Emmanuel Macron, a banir os atletas russos dos próximos Jogos Olímpicos, depois de o COI ter anunciado que está a "estudar" a possibilidade de integração destes sob "bandeira neutra".

Esta quarta-feira, Olivier Veran, porta-voz do governo francês, e Tony Estanguet, presidente do comité organizador dos Jogos de Paris, atribuíram a responsabilidade de decisão ao COI.

Em declarações à imprensa, Veran revelou que "a decisão deve ser tomada por volta do verão". 

"Para já, nenhuma posição foi formalmente acordada com o COI. Vou esperar por cooperação internacional para que se dê sequência", explicou.

Ainda assim, não negou uma exclusão, evocando "o desejo firme da França de que todas as sanções possíveis sejam plena e integralmente aplicadas".

Enquanto isso, numa conferência de imprensa para revelação do design dos Jogos de Paris, Estanguet deixou também o seu parecer, avaliando que "cabe ao COI uma decisão final sobre a participação da delegação russa nos Jogos Olímpicos de Paris".

Por seu lado, o vice-presidente parisiense, Emmanuel Gregoire, destacou que Hidalgo "expressou de forma muito clara a posição de muitos países e diferentes federações desportivas". "É uma incitação à paz que todos devem ouvir", sublinhou.