Recorde as incidências do encontro
O primeiro cesto do encontro permitiu aos lusos passar para a frente. A partir daí, a Espanha começou a divertir-se. Primeiro, com os triplos. Depois, com a defesa, deixando os adversários em 0/5 nos T3. Ao minuto 7, já acumulava 10 pontos de vantagem (18-8). E no final desse primeiro quarto, o 27-14 mostrava claramente quem mandava na quadra.

Minutos para todos em Espanha
Com exceção de Santi Yusta, Scariolo já tinha colocado em campo 12 dos 13 inscritos para a partida. Apenas Brizuela e Parra não tinham marcado. A Mamba basca não demorou a somar os seus primeiros pontos com um grande cesto. Mas também Portugal não demorou a reagir com Voytso e evitar que a diferença disparasse definitivamente. Até Williams se picou com Juancho, acertando-lhe com o cotovelo, sinal de que continuavam muito vivos.
Enquanto isso, o técnico espanhol testava diferentes quintetos, como um com quatro jogadores acima dos dois metros de altura. Entre a ação de experimentar e a reação portuguesa, ao intervalo chegou-se ao 44-31 após um segundo quarto empatado a 17. Pradilla, com oito pontos, e López-Arostegui, com sete, lideravam a tabela de marcadores.

O fator Neemias Queta
No regresso à quadra, a Espanha encontrou um Portugal mais físico, em que a presença de Queta, campeão da NBA com os Celtics em 2024, complicava os ataques espanhóis. Uma tendência que acabou por se refletir atrás, onde Williams somou uma dezena de pontos. Um triplo de Rafael Lisboa igualou o jogo a 59. E um sobre a buzina de Juancho Hernangómez permitiu à Espanha encarar os últimos 10 minutos com três pontos de vantagem.
A solução era clara, mas era preciso colocá-la em prática. Mais intensidade a defender o próprio aro, pois conceder 28 pontos é uma condenação num Eurobasket. E depois, menos precipitação, melhor seleção de lançamentos... O descanso de Queta ajudou a Espanha a recuperar o controlo, mas só a espaços. E quando regressou, Neemias colocou os seus em vantagem (69-70, min. 37).
A Espanha ficou ainda mais nervosa, jogando o último minuto sem Willy nem Juancho, apenas com Aldama como referência. Foi Brizuela quem tentou um triplo a 20 segundos do fim, mas falhou. Amarante converteu então dois lances livres (71-74). Faltavam 15 segundos. Aldama marcou a três metros (73-74). Faltavam 9,5 segundos. A Espanha não fez falta e Queta afundou de costas para o cesto (73-76). Faltavam três segundos. E com um lance livre selou-se o jogo e a primeira derrota espanhola frente aos lusos após 14 confrontos.