Como disse Berni Rodríguez na semana passada, numa entrevista ao Flashscore, "Rudy está a deixar-nos a todos de uma forma má". Porque, aos 38 anos, o capitão da seleção nacional continua lá, na primeira linha, adaptando o seu jogo e o seu papel ao que os actuais campeões do Mundo e da Europa precisam.
Rudy Fernández já não é o saltador que fazia afundanços sobre Dwight Howard. Também não é o jogador explosivo capaz de correr um contra-ataque de costa a costa à velocidade do Flash. Mas oferece outras variantes que o tornam tão útil como quando tinha 20 anos e era uma estrela numa NBA que nunca lhe deu o que ele precisava e merecia.
O facto é que o jogador do Real Madrid, no duelo contra o Irão, igualou o recorde de Juan Carlos Navarro, que se retirou há vários anos, desde agosto de 2017.
Esse recorde será só dele esta sexta-feira, a partir das 10:45. No basquetebol, aliás, são as chamadas que contam, não os jogos. É por isso que, apesar de ter disputado 237 jogos, que também é o maior número da história, ele tem os 253 mencionados acima.
Recorde de medalhas
Em todo o caso, Rudy preferia certamente acrescentar a esse recorde um outro ainda mais importante, o das medalhas nos principais campeonatos. Neste momento, partilha essa honra com Pau Gasol, com 11 medalhas cada um. Seis, aliás, são de ouro, incluindo dois Campeonatos do Mundo.
Rudy estreou-se em Atenas, nos Jogos Olímpicos de 2004. Desde então, com exceção do Euro-2017, esteve presente em todos os grandes torneios em que a Espanha participou.
"Duas décadas de compromisso que também fazem dele o jogador com mais jogos disputados com #LaFamilia", recordou a Federação Espanhola de Basquetebol (FEB) em comunicado.