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Numa ordem emitida na quarta-feira, o PP já tinha indicado que o jogo era "suscetível de constituir um alvo privilegiado e simbólico para atos de natureza terrorista", num "contexto atual de ameaça muito elevada", enquanto a Divisão Nacional de Luta contra o Hooliganismo (DNLH) tinha classificado o jogo como de alto risco, no nível 4 numa escala de 1 a 5.
Os jogos desportivos entre equipas israelitas e francesas são alvo de uma atenção especial, tendo em conta a guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas em Gaza. Um acordo de cessar-fogo, anunciado na quarta-feira pelo Catar e pelos Estados Unidos, está a ser apresentado ao governo israelita.
Um total de 4.000 polícias e gendarmes foram destacados para o jogo da Liga das Nações entre a França e Israel (0-0), em 14 de novembro, no Stade de France.
Em 18 de dezembro, o jogo de basquetebol entre o Nanterre e o Hapoël Holon, a contar para a Liga dos Campeões, foi brevemente interrompido quando um espetador entrou no recinto agitando uma bandeira palestiniana. Esta intrusão deu origem a confrontos na assistência e sete pessoas, incluindo o espetador em questão, foram detidas.
Para o jogo da Euroliga, a mais prestigiada competição continental de clubes, cerca de 1000 lugares da Arena Porte de la Chapelle (capacidade para 8000 pessoas) foram reservados no parque de estacionamento dos visitantes para os adeptos do Maccabi Tel-Aviv, hexacampeão europeu, segundo a associação Diaspora Defense Force (DDF), que organizará a deslocação de 400 deles.
Estes adeptos viajarão de autocarro "rodeados pela polícia e pelo serviço de proteção da comunidade judaica", explicou Patrick Bensimon, cofundador da DDF.
O Governo israelita deverá dar luz verde, na quinta-feira, ao acordo anunciado pelo Catar e pelos Estados Unidos sobre o cessar-fogo em Gaza, após mais de 15 meses de guerra entre Israel e o Hamas, que causou dezenas de milhares de mortos no território palestiniano.