Recorde as incidências da partida
Mário Gomes (selecionador de Portugal):
“Não tenho muitas coisas a dizer sobre o jogo, porque a Ucrânia foi, simplesmente, melhor do que nós em todos os aspetos. Portanto, estão de parabéns, porque mereceram ganhar.
Estou muito feliz pela nossa qualificação. Foi algo pelo qual lutámos há muito tempo. A felicidade não é só pela qualificação, mas pela forma como a conseguimos.
Claro que ficámos com um sabor amargo na boca por termos perdido os dois últimos jogos, em especial este de hoje. Este tipo de jogos acontece e a responsabilidade é do treinador.
O que aconteceu não foi um problema de atitude, porque os jogadores lutaram. Não temos desculpas para estes momentos, porque não deviam acontecer e quando acontecem a responsabilidade é do treinador.
É muito complicado manter uma equipa no estado mental adequado para competir quando para a maioria das pessoas que fazem parte delas acabou por se atingir um objetivo de vida que há muito pouco tempo atrás não passava de um sonho.
Não encontrei a melhor forma de trazer a equipa de volta ao que é o seu registo normal e não foi uma questão de falta atitude. Houve alturas em que, se calhar, tivemos atitude a mais. Controlámos mal esse aspeto no início do jogo. O facto de as coisas não terem corrido bem muito cedo marcou o jogo.
Resta-nos olhar em frente, sabendo que o que vamos ter pela frente é mais duro e mais difícil ainda.
Para o basquetebol português se desenvolver precisamos de um comboio com toda a gente lá dentro e a ir na mesma direção. Se a locomotiva for sozinha e não houver carruagens atrás não chegamos a lado nenhum. Tivemos agora este fogacho e esperamos que não seja só um fogacho, mas para isso é preciso trabalhar em cima dos êxitos que se vão conseguindo.
Se até agora foi complicado, daqui para a frente vai ser mais complicado ainda. Ou temos peito ou não temos peito. Eu acredito que temos peito”.
Miguel Queiroz (capitão de Portugal):
“Estou muito orgulhoso com o nosso apuramento, porque a seleção portuguesa já não ia há muito tempo à fase final de um Europeu. Pessoalmente, andava atrás deste sonho há 13 anos e acho que o trabalho foi recompensado."
"Estas duas derrotas - hoje com a Ucrânia e na sexta-feira com Israel) - infelizmente, chegaram, mas não apagam aquilo que fizemos. É bom que não se esqueçam disso, nós não nos esquecemos, porque o que fizemos foi extraordinário."
"Vamos ao Europeu com o objetivo claro de competir com todas as equipas e de ganhar jogos."
"Está a ser um ano muito lindo para o basquetebol português. As sub-19 femininas vão pela primeira vez a um Mundial, as seniores femininas vão pela primeira vez na história à fase final de um Europeu e nós, passado tanto tempo, voltamos também a uma fase final do Eurobasket, mas não podemos ficar contentes com isso."
"Vamos estar preparados para a exigência dos grandes palcos”.