Recorde as incidências da partida
Mário Gomes (selecionador de Portugal):
"O nosso pensamento é sempre o mesmo, nós primeiro temos de tomar conta do que depende de nós, o que passa por nos prepararmos bem, para podermos competir ao nível mais elevado que conseguirmos e, a partir daí, se conseguirmos competir a esse nível, podemos ganhar jogos.
Hoje conseguimos competir. Não estivemos tão bem como poderíamos ter estado na percentagem de lançamentos de dois pontos (39% - 14 em 36) e em oportunidades de contra-ataque, algumas delas que foram jogadas de quatro pontos, como se costuma dizer, pois são contra-ataques que não se marcam e contra-ataques que se sofrem, em consequência, alguns até com ‘turnovers’.
Por isso, não conseguimos ir mais além e, na parte final, os últimos dois cestos, dois triplos, são duas borlas, digamos assim, na ânsia de roubar bolas, numa altura em que já não havia hipóteses de ganhar o jogo. Se não temos cometido esses erros o jogo até tinha ficado mais apertado, mas equilibrado, mas, no fim, valia o mesmo.
Estou muito satisfeito com a forma como a equipa competiu, sei que isto é o que a equipa tem de fazer sempre e juntar a isto a melhoria em alguns aspetos, nomeadamente, no caso de hoje, no aproveitamento dos contra-ataques e na percentagem de lançamentos de dois pontos”.
Diogo Brito (melhor marcador de Portugal):
"(22 pontos, depois de nenhum com a República Checa) O que mudou foi as bolas terem entrado e não terem entrado no outro dia, mas a atitude é a mesma, a confiança é a mesma, a tranquilidade é a mesma.
Treino todos os dias e sei que consigo marcá-las e, se estiver sozinho, vou continuar a lança-las, independentemente de elas entrarem ou não.
(Jogo com a Turquia, no sábado) É pouco tempo de descanso para as duas equipas, mas isso é um torneio assim, são cinco jogos em sete dias. Nós estamos bem preparados fisicamente, fizemos uma preparação dura, exatamente para chegar aqui e podermos fazer os jogos todos na melhor condição possível.
Amanhã vai ser a mesma atitude e o 100% do nosso esforço. Não sei se a capacidade física será igual à de hoje, mas 100% do possível”.
Diogo Ventura (jogador de Portugal):
"Talvez toda a gente pensasse que a diferença pontual fosse maior, mas nós nunca acreditámos nisso. Acreditámos sempre que podíamos competir e sabíamos que, dando o nosso melhor, podíamos ter as nossas chances, e tivemos.
No final não conseguimos aproximar o marcador. Eles têm muita experiência nestas andanças e não conseguimos, na parte final, encostar o jogo e ter a nossa oportunidade, mas conseguimos competir. E, agora, tirar o máximo disto para os jogos que faltam.
Faltas pesaram (sérvios marcaram 20 lances livres) Não queremos ir por aí. Sabemos que a Sérvia tem jogadores com muito mais força, muito mais influência no basquetebol europeu do que nós e já vínhamos a contar com isso, não foi por aí.
Acho que deixámos uma boa imagem e ver o que é que podemos fazer para a próxima. Tentarmos, em ver de deixar de só deixar uma boa imagem de que podemos competir, competir e ganhar.
(Jogo no sábado com a Turquia) É igual para todos. Vamos tentar descansar ao máximo. Vamos ter outro jogo duríssimo e vamos tentar dar o nosso máximo”.
Miguel Queiroz (capitão de Portugal):
"Acho que fomos muito competitivos, a três minutos do fim estávamos no jogo, podíamos, com um bocadinho mais, ganhar a um grande Sérvia, mas, pronto, acho que lutámos muito e a equipa tem de estar de parabéns pela luta. Não era o resultado que nós queríamos, mas lutámos muito, mostrámos que conseguimos competir com a melhor equipa da Europa.
Com o jogo tão perto, a sete pontos, com um grande defensa, mesmo contra grandes jogadores, eles falharem e nós marcarmos um triplo ou um cesto, podíamos ter encostado o jogo. Infelizmente, não conseguimos e eles, com a qualidade e talento que têm, acabam, como é normal, por marcar dois triplos e fecham o jogo, mas fica a luta, fica a competitividade que esta equipa mostrou mais uma vez. Infelizmente não conseguimos ganhar, mas lutámos muito.
Acaba por ser igual para todos. Acabamos de ter menos umas horas de descanso do que eles (Turquia, o adversário de sábado), mas, a este nível isso não faz diferença. É mais um jogo que temos na nossa caminhada. Temos os objetivos muito bem definidos desde que aqui chegámos. É mais um jogo que nos pode aproximar desse objetivo. Vamos descansar bem, recuperar da melhor maneira, e dar tudo, novamente, no jogo de manhã (sábado), esperando que Portugal saia vencedor. Vamos lutar por isso”.
Svetislav Pesic (selecionador da Sérvia):
“Todos viram o jogo. Se não estamos focados, não conseguimos fazer o nosso jogo. Espero que tenha sido a última vez que jogámos como hoje.
Hoje tivemos maior oposição do que no primeiro jogo (98-64 à Estónia).
Devemos aprender com este jogo. O mais importante é ganhar o jogo, mas não ficamos contentes com apenas ganhar o jogo. Queremos ver melhorias de jogo para jogo, pois temos grandes expectativas, para nós, não para os outros.
Temos de mostrar mais entrega, mais foco. Temos de respeitar toda a gente e, mais importante, respeitarmo-nos a nós próprios.
Se o Bogdanovic pode jogar amanhã (sábado)? Ainda não sei. É algo para o departamento médico”.
Marco Gudoric (jogador da Sérvia):
“Temos de dar crédito à seleção de Portugal. Eles jogaram com muita intensidade, um jogo físico e mostraram-se preparados.
Mas, por outro lado, temos de ser melhores, estar mais preparados e vamos estar para os próximos jogos”.