Reveja aqui as principais incidências da partida
A entrada de Portugal no Eurobasket-2025 foi muito positiva, com um triunfo importante diante da República Checa para alimentar o sonho de chegar à fase a eliminar. Contudo, a segunda jornada trazia um duelo contra a Sérvia, uma das favoritas a ganhar a prova e com aquele que é considerado o melhor jogador do mundo: Nikola Jokic, três vezes MVP da NBA.
E não há como enganar. Se o gigante sérvio, que passa os verões a ver corridas de cavalos e a beber cerveja não fosse suficiente havia ainda Bojan Boganovic (Clippers), Nikola Jovic (Miami Heat), Tristan Vukcevic (Wizards) ou Micic (passou a última época nos Phoenix Suns), todos com experiência de NBA.
Ainda assim, Portugal não se amedrontou, entrou melhor e até marcou primeiro por Neemias Queta (quatro pontos, um ressalto e uma assistência). Assente numa defesa interessante bem montada (só na primeira parte Portugal teve nove roubos de bola), a equipa das quinas foi tentando contrariar o poderio de uma seleção que estava claramente acima do nível e que até perdeu Petrusev após dois minutos, desqualificado com uma agressão a Diogo Brito
O base, discreto na primeira partida, foi o grande dínamo ofensivo de Portugal (22 pontos) ainda permitiu sonhar, os 10 pontos de desvantagem ao intervalo (33-43) eram um testamento à resiliência defensiva dos linces perante uma Sérvia inteligente a atacar o cesto (56% de acerto no lançamento de campo), mas que nunca conseguiu descansar – quando o fez, a seleção nacional chegou a ficar a um ponto (29-30).
Na segunda parte, a qualidade Sérvia, a juntar-se a algum cansaço físico de Portugal acabou por acentuar o desnível. Jokic pegou no jogo (23 pontos e 10 ressaltos, apenas dois lançamentos falhados), a Sérvia dominou as tabelas (39 ressaltos, contra 29 de Portugal) e foi construindo uma vantagem que andou sempre a rondar a casa dos dois dígitos.
A 1:40 minutos do fim, Travante Williams (15 pontos) reduziu a desvantagem para sete pontos (67-74), obrigou a Sérvia, com Jokic a descansar no banco, a pedir um timeout para travar o ímpeto luso. Dessa paragem de tempo saiu um triplo que praticamente selou o jogo.
Portugal tentou agigantar-se, mas esta Sérvia ainda é um obstáculo demasiado grande para ultrapassar. Contudo, há uma coisa que parece cada vez mais certa: Esta seleção nacional tem qualidade e a coragem para se bater com os mais fortes.
Segue-se agora a Turquia de Alperen Sengun, que divide a liderança do Grupo A com a Sérvia, ambas com quatro pontos. Portugal, junta-se à Letónia, com três pontos e ocupa a terceira posição.
