Recorde aqui as incidências do encontro
Miguel Queiroz (capitão de Portugal):
“Antes de mais reforçar que estamos a jogar contra a campeã do mundo. Sabíamos que era um jogo muito complicado, mostrámos que estamos mais crescidos, que temos mais qualidade. Acho que falta ao basquetebol português acreditar que podemos estar a este nível e ser mais consistentes sempre, não é só às vezes.
Sabendo que nunca podemos, temos de estar sempre no nosso melhor. Enquanto, por exemplo, a Alemanha pode-se permitir, ou as outras equipas podem-se permitir, a ter um dia mau, nós não nos podemos permitir a isso, nem sequer um período mau. Nota-se, hoje, temos três períodos, na minha opinião, muito bons, em que conseguimos competir contra a melhor do mundo. A partir do momento que as pernas se vão, e começam erro atrás de erro, é muito difícil competir contra este tipo de equipas.
Mas acho que tirámos coisas muito positivas deste Eurobasket. Ganhámos dois jogos, passámos aos oitavos, perdemos, na minha opinião, contra o top 3, os jogos perdemos contra o top 3 e a equipa da casa, ou seja, Sérvia, Turquia, Alemanha, campeã do mundo, e equipa da casa.
Portanto, estou muito orgulhoso, estou triste porque acaba hoje o nosso sonho, mas muito orgulhoso por o que esta equipa fez.
Eu acredito que metemos, como se costuma dizer, a Alemanha em sentido. Mas nós sabemos que contra este tipo de equipas, temos dois erros seguidos e pesam muito. E foi o que realmente aconteceu, temos três períodos muito bons, depois começamos o quarto fisicamente já desgastados, digo eu, e pronto, os erros consecutivos pesam muito nestas andanças e não conseguimos dar a volta depois ao resultado.
Eu acredito que Portugal tem qualidade. Acho que este é o nosso sítio e acredito mesmo nisto que estou a dizer, atenção. Acho que a qualidade que nós temos é para andar aqui, temos é que ser muito mais consistentes e não pode ser só às vezes. Temos que dar sempre o nosso melhor, sabendo, como eu já disse antes, que o nosso 70% não chega, tem que ser o nosso melhor, porque não somos melhores que ninguém, mas também, se dermos o nosso melhor, somos melhores que muita gente, queremos acreditar assim.
Portanto, ser mais consistentes, temos qualidade, mas ser mais consistentes”.
Diogo Brito (jogador de Portugal):
"Foi pena, só termos competido 30 minutos. Fizemos um trabalho espetacular durante esses três primeiros quartos. E, quando, a Alemanha começou a meter mais, fez ali um parcial, e infelizmente, nós não conseguimos reagir, mas acho que, no geral, a equipa esteve bem. Não só hoje, como no torneio, fizemos um grande trabalho. E acho que também isso é de louvar ao grupo.
Sentiram que nós estávamos presentes e que estávamos ali para discutir o jogo, mas, no quarto período, tornou-se tudo muito fácil para eles. Foi só no fim. Competimos durante três períodos, ficámos com essa sensação dos três primeiros quartos positivos.
Eu fico muito contente de termos voltado a pôr Portugal num Eurobasket. O que eu gostava mesmo era que isto não fosse esporádico, mas sim o início de uma rotina, de ver Portugal nos grandes palcos, especialmente nos Europeus e quem sabe nos Mundiais. Era bom para o país e para a modalidade”.
Rafael Lisboa (jogador de Portugal):
"Lutámos e criámos problemas, mas, no final de contas, logo que acaba o jogo, o primeiro sentimento que temos é que perdemos o jogo. Acho que o resultado não mostra bem aquilo que nós fizemos em grande parte do jogo. Eles foram muito melhores do que nós no final. Cometemos erros que, a neste nível, vão-nos sempre castigar e agora é aprender.
Estamos contentes com a prestação, estamos contentes com o esforço. Mas, no final de contas, e nós somos uma equipa muito competitiva, perdemos o jogo. E, logo a seguir, está tudo muito quente para se ser capaz de fazer uma análise mais profunda.
A primeira coisa que olhamos é para o marcador e perdemos. E, por isso, agora é seguir em frente.
Claro que sabíamos que eram os campeões do mundo. Não estamos aqui a dizer que éramos favoritos para ganhar o jogo. Claro que não éramos. Mas, quando se está tão perto, já numa fase avançada do jogo, fica aquele sentimento amargo. Podíamos ter lutado, não é lutado, porque lutámos, mas podíamos ter levado o jogo fechado até ao fim”.