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Eurobasket: Queiroz acredita que Portugal tem "qualidade", Brito aponta ao Mundial

Rafael Lisboa foi um dos destaques
Rafael Lisboa foi um dos destaquesFIBA
Declarações à agência Lusa no final do jogo Alemanha-Portugal (85-58), dos oitavos de final do Campeonato da Europa de basquetebol de 2025, disputado este sábado na Xiaomi Arena, em Riga.

Recorde aqui as incidências do encontro

Miguel Queiroz (capitão de Portugal):

“Antes de mais reforçar que estamos a jogar contra a campeã do mundo. Sabíamos que era um jogo muito complicado, mostrámos que estamos mais crescidos, que temos mais qualidade. Acho que falta ao basquetebol português acreditar que podemos estar a este nível e ser mais consistentes sempre, não é só às vezes.

Sabendo que nunca podemos, temos de estar sempre no nosso melhor. Enquanto, por exemplo, a Alemanha pode-se permitir, ou as outras equipas podem-se permitir, a ter um dia mau, nós não nos podemos permitir a isso, nem sequer um período mau. Nota-se, hoje, temos três períodos, na minha opinião, muito bons, em que conseguimos competir contra a melhor do mundo. A partir do momento que as pernas se vão, e começam erro atrás de erro, é muito difícil competir contra este tipo de equipas.

Mas acho que tirámos coisas muito positivas deste Eurobasket. Ganhámos dois jogos, passámos aos oitavos, perdemos, na minha opinião, contra o top 3, os jogos perdemos contra o top 3 e a equipa da casa, ou seja, Sérvia, Turquia, Alemanha, campeã do mundo, e equipa da casa.

Portanto, estou muito orgulhoso, estou triste porque acaba hoje o nosso sonho, mas muito orgulhoso por o que esta equipa fez.

Eu acredito que metemos, como se costuma dizer, a Alemanha em sentido. Mas nós sabemos que contra este tipo de equipas, temos dois erros seguidos e pesam muito. E foi o que realmente aconteceu, temos três períodos muito bons, depois começamos o quarto fisicamente já desgastados, digo eu, e pronto, os erros consecutivos pesam muito nestas andanças e não conseguimos dar a volta depois ao resultado.

Eu acredito que Portugal tem qualidade. Acho que este é o nosso sítio e acredito mesmo nisto que estou a dizer, atenção. Acho que a qualidade que nós temos é para andar aqui, temos é que ser muito mais consistentes e não pode ser só às vezes. Temos que dar sempre o nosso melhor, sabendo, como eu já disse antes, que o nosso 70% não chega, tem que ser o nosso melhor, porque não somos melhores que ninguém, mas também, se dermos o nosso melhor, somos melhores que muita gente, queremos acreditar assim.

Portanto, ser mais consistentes, temos qualidade, mas ser mais consistentes”.

Diogo Brito (jogador de Portugal):

"Foi pena, só termos competido 30 minutos. Fizemos um trabalho espetacular durante esses três primeiros quartos. E, quando, a Alemanha começou a meter mais, fez ali um parcial, e infelizmente, nós não conseguimos reagir, mas acho que, no geral, a equipa esteve bem. Não só hoje, como no torneio, fizemos um grande trabalho. E acho que também isso é de louvar ao grupo.

Sentiram que nós estávamos presentes e que estávamos ali para discutir o jogo, mas, no quarto período, tornou-se tudo muito fácil para eles. Foi só no fim. Competimos durante três períodos, ficámos com essa sensação dos três primeiros quartos positivos.

Eu fico muito contente de termos voltado a pôr Portugal num Eurobasket. O que eu gostava mesmo era que isto não fosse esporádico, mas sim o início de uma rotina, de ver Portugal nos grandes palcos, especialmente nos Europeus e quem sabe nos Mundiais. Era bom para o país e para a modalidade”.

Rafael Lisboa (jogador de Portugal):

"Lutámos e criámos problemas, mas, no final de contas, logo que acaba o jogo, o primeiro sentimento que temos é que perdemos o jogo. Acho que o resultado não mostra bem aquilo que nós fizemos em grande parte do jogo. Eles foram muito melhores do que nós no final. Cometemos erros que, a neste nível, vão-nos sempre castigar e agora é aprender.

Estamos contentes com a prestação, estamos contentes com o esforço. Mas, no final de contas, e nós somos uma equipa muito competitiva, perdemos o jogo. E, logo a seguir, está tudo muito quente para se ser capaz de fazer uma análise mais profunda.

A primeira coisa que olhamos é para o marcador e perdemos. E, por isso, agora é seguir em frente.

Claro que sabíamos que eram os campeões do mundo. Não estamos aqui a dizer que éramos favoritos para ganhar o jogo. Claro que não éramos. Mas, quando se está tão perto, já numa fase avançada do jogo, fica aquele sentimento amargo. Podíamos ter lutado, não é lutado, porque lutámos, mas podíamos ter levado o jogo fechado até ao fim”.