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Eurobasket feminino: Adversárias elogiam agressividade e energia de Portugal

Portugal estreia-se na quinta-feira, diante da Bélgica
Portugal estreia-se na quinta-feira, diante da BélgicaFederação Portuguesa de Basquetebol
A agressividade e a energia postas em campo são os pontos fortes que as adversárias apontam a Portugal, a dois dias do arranque do Grupo C do Europeu feminino de basquetebol, em Brno, na República Checa.

Em declarações à agência Lusa, a belga Antonia Delaere acredita que a campeã Bélgica é um dos grandes candidatos ao triunfo final, até porque é uma das poucas seleções que não perdeu jogadoras para a liga norte-americana (WNBA), garantindo que o “foco está em Portugal”.

A extremo, de 30 anos, campeã europeia e quarta classificada nos Jogos Olímpicos Paris-2024, disse que começaram hoje a estudar com mais atenção a seleção portuguesa, esperando jogadoras lusas “muito agressivas”, sobretudo na defesa, pois “não têm nada a perder”.

Essa (Portugal ser menos favorito) é sempre a parte perigosa para nós. Estivemos nessa situação há alguns anos, em que éramos o 'outsider' e é sempre mais fácil jogar, há mais liberdade. A pressão vai estar de certeza connosco. Cabe-nos a nós estarmos preparadas desde o primeiro minuto”, referiu.

A jogadora das espanholas do Perfumerías Avenida assumiu ainda que “é superimportante começar bem e mostrar desde o primeiro minuto que não vai ser o dia” de Portugal na quinta-feira, na primeira jornada do Grupo C.

Temos de pôr o nosso ritmo no jogo, temos de definir o ritmo sempre. Se conseguirmos encontrar o nosso ritmo somos muito perigosas”, afiançou.

Depois de fazer a sua estreia em grandes competições frente à Bélgica, na quinta-feira, Portugal defronta no dia seguinte a anfitriã República Checa, com a capitã Tereza Vyoralová a assumir que o objetivo é ser uma das duas primeiras da ‘poule’ e garantir a presença na fase final, em Atenas.

A base, recente vencedora da Euroliga com o USK Praga, reconheceu que ainda não conhecem muito de Portugal e que apenas observaram os jogos particulares de preparação para o Eurobasket.

“Destaco a agressividade delas durante os 40 minutos e são muito boas nos lançamentos de três pontos, temos de ter cuidado com isso. Foi difícil fazer observação, por isso, não sabemos muito. Vamos ver como corre no campo”, disse, à agência Lusa.

Dizendo-se entusiasmada por poder jogar em casa, em Brno, com o apoio do público da casa, Tereza Vyoralová lembra que Portugal “é uma equipa nova na Europa” e que chega a este Europeu sem nada a perder.

Tivemos isso no último Eurobasket e terminámos em sétimo, por isso, acho que qualquer coisa pode acontecer neste Eurobasket. Como disse tiveram bons resultados nos particulares, penso que para elas não há nada a perder e nós temos de vencer se queremos passar. Não sei quem está em melhor posição”, assumiu.

No domingo, no fecho do Grupo C, Portugal encontra Montenegro, com Jovana Pasic a dizer que a sua seleção tem como marca “lutar sempre” e entrar com muita energia, acreditando ser muito difícil lutar pelo apuramento.

Estamos no grupo com a campeã da Europa, a Bélgica, e também com República Checa que nos vai acolher aqui. Vai ser muito difícil. Há ainda a equipa portuguesa, que se qualificou com grande energia e grandes jogadoras, tenho um grande respeito por elas. Vai ser muito difícil este ano, mas estamos todas aqui com o mesmo objetivo e todas temos o direito de sonhar”, referiu.

A extremo, de 33 anos, está a disputar o seu sexto Europeu e garantiu que para Montenegro “não é importante que Portugal se tenha qualificado pela primeira vez”, pois respeitam “muito a forma como o fez”, com vitórias sobre “grandes equipas, como a Sérvia”.

Vimos a energia com que jogam, as grandes jogadoras que têm. (Primeiro Europeu) Pode ser um pouco negativo para elas, mas pode ser uma grande vantagem, porque é lindo poder ser o ‘outsider’, porque não tens pressão e podes fazer grandes coisas, pode ser uma grande vantagem”, referiu.

Para a jogadora dos israelitas do Hapoel Kfar Saba a energia que apresenta em cada encontro é a grande qualidade de Portugal.

Claro que têm basquetebol de qualidade, têm grandes jogadoras, como todas as outras equipas. Acho que a energia e a luta que mostraram na qualificação é algo que é muito bom para elas”, concluiu.

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