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Eurobasket feminino: Portugal perde novamente (73-52) e está praticamente afastado

Portugal foi derrotado pela República Checa
Portugal foi derrotado pela República ChecaFPB
A seleção portuguesa ficou praticamente afastada da possibilidade de chegar à fase final do Europeu feminino de basquetebol, ao perder com a República Checa, por 73-52, na segunda jornada do Grupo C.

Reveja aqui as principais incidências da partida

Em Brno, na República Checa, um dia depois de perder com a campeã Bélgica, Portugal foi derrotado pela seleção anfitriã, num encontro em que chegou ao intervalo a perder por 40-19.

Menos de 24 horas após a derrota com a campeã Bélgica, Portugal voltou a entrar em campo em Brno, na República Checa, frente à seleção anfitriã, num encontro em que mostrou melhorias, sobretudo defensivamente, mas que acabou de pecar na vertente ofensiva, sem soluções coletivas para furar a defensiva contrária.

Mesmo nas ocasiões em que conseguiu ter bons lançamentos, a seleção lusa acabou por ser demasiado perdulária, terminando o encontro com baixas percentagens de lançamento – 26,2% nos tiros de campo, 28,6% nos triplos e uns baixíssimos 54,5% nos lances livres.

A derrota com as checas deixa Portugal a necessitar de um autêntico milagre para seguir em frente, pois precisam que a Bélgica seja derrotada por Montenegro no outro encontro do dia.

Depois do jogo com a poderosa seleção belga, em que cometeu muito erros, como reconheceram o treinador e as jogadoras, a seleção portuguesa entrou decidida a mostrar uma outra imagem e a capitã Sofia da Silva, logo na primeira posse de bola, deu a primeira vantagem a Portugal neste Europeu.

Com clara vantagem física, a República Checa entrou no jogo a apostar no jogo interior, com Julia Reisingerová a conseguir quatro pontos de seguida, mas Portugal foi-se adaptando, mais agressivo defensivamente do que na véspera, e foi impedindo que as checas se afastassem no marcador.

A grande dificuldade de Portugal esteve na construção de jogo ofensivo, à semelhança da véspera, embora tenha conseguido mais oportunidades dentro do garrafão, muitas vezes desperdiçadas.

O resultado no final do primeiro período, de 19-11 para as checas, revelava sobretudo uma maior eficácia de uma equipa que na quinta-feira tinha ‘cilindrado’ Montenegro, por 89-44.

O segundo período voltou a ser negativo para Portugal, a cometer muitos mais erros, numa entrada com um parcial de 5-2 que obrigou o selecionador Ricardo Vasconcelos a parar o jogo, mas as dificuldades ofensivas mantinham-se, com Portugal a ir para o intervalo com apenas 23,3% de concretização dos lançamentos de campo, contra 56% das checas, que tinha 50% nos triplos.

Nos últimos 7.19 minutos da primeira parte, Portugal conseguiu marcar apenas um ponto, valendo a melhor prestação defensiva hoje para o encontro ir para o intervalo com ‘apenas’ 21 pontos de diferença (40-19), num encontro em que muitas decisões da equipa de arbitragem acabaram também por prejudicar a equipa portuguesa.

O intervalo fez bem à equipa portuguesa, que arrancou para o melhor parcial neste Europeu, mesmo quase sem contar com Márcia da Costa, uma das melhores jogadoras lusas, tapada com faltas.

Com mais jogo interior, Portugal colocou as duas postes checas com bastantes faltas, o que levou Ricardo Vasconcelos a lançar Carolina Cruz, a mais alta jogadora portuguesa e que, tal como com a Bélgica, voltou a entrar bem no encontro, trazendo, além dos cinco pontos, muito energia defensiva.

A melhoria lusa levou a selecionadora checa a parar por duas vezes o encontro, com Portugal a chegar aos 14 pontos de diferenças (51-37), mas seis pontos seguidos das checas a fechar o período levaram o resultado em 57-37 para os últimos 10 minutos, para os quais Portugal já não contou com Laura Ferreira, com uma lesão no pé.

Já com algum desgaste, dos dois encontros em dois dias, Portugal voltou a perder capacidade de construir jogo ofensivo e voltou a permitir mais pontos fáceis às checas, que, ao contrário da vitória sobre Montenegro (89-44), não conseguiram, contudo, fugir ainda mais no marcador.

A capitã Sofia da Silva foi a melhor marcadora do encontro, com 12 pontos, mais dois do que Carolina Cruz, com Reisingerová a chegar aos 11 pontos pelas checas.