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Mário Gomes após o apuramento de Portugal no Eurobasket: "Sou treinador, não sou bruxo ou mágico"

A festa de portugal
A festa de portugalFederação Portuguesa de Basquetebol
Declarações no final do encontro Estónia-Portugal (65-68), da quinta e última jornada do Grupo A do Campeonato da Europa de basquetebol de 2025, disputado hoje na Xiaomi Arena, em Riga, na Letónia

Mário Gomes (selecionador de Portugal):

"Nós estamos a viver este momento porque chegámos aqui e para chegarmos aqui, muita gente ajudou. E, neste momento, o meu primeiro pensamento depois do jogo, foi dedicar este momento que estamos a viver ao Ricardo (Monteiro), ao André (Cruz), ao Gonçalo (Delgado) e ao Tony (Anthony da Silva).

(A expulsão do Neemias) Eu não sabia o que é que ia acontecer quando perdemos um jogador que tem a importância que o Neemias tem na nossa equipa. Sou um treinador, não sou bruxo, não sou mágico, nem guru, nem nada disso. Mas, uma coisa eu sabia: sabia que a equipa ia reagir, ia unir-se e não ia deitar a toalha ao chão. Se ia ser suficiente ou não, logo se veria. Felizmente, foi suficiente.

(Agora?) Preparar o próximo jogo, como temos preparado todos e com a mesma pressão que tivemos desde que aqui chegámos, que é a pressão que nos trás a nossa obrigação de jogar o melhor que pudermos, de darmos o máximo dentro de campo, sem pressão nenhuma em relação aos resultados. Foi assim até agora, por maioria de razão vai ser assim no próximo jogo e, portanto, nada de especial. Descansar, o corpo e especialmente a cabeça. E depois, a partir de sexta-feira, preparar o jogo seguinte. Ainda não sabemos contra quem é que vai ser, mas vamos trabalhar com a mesma honestidade e com a mesma seriedade que nos trouxe até aqui”.

Miguel Queiroz (capitão de Portugal):

“O sentimento é muito bom e acho que há algo importante que temos de levar para as nossas vidas: nós temos que acreditar no caminho que traçamos, sempre, e nunca nos podemos desviar. Quando fazemos isso estamos mais perto de conseguir as coisas. Mesmo quando há dias maus, que não haja dúvidas, continuar com o nosso caminho, continuar a acreditar naquilo que estamos a fazer.

Foi o que esta equipa fez. Mostrou muita confiança no trabalho que está a ser realizado já há uns anos. Traçámos o caminho que para nós era muito importante para atingir os objetivos, que era ganhar o primeiro e o quinto jogo, sabendo que estávamos a jogar contra as melhores equipas da Europa e do Mundo.

No meio, três jogos seguidos contra a Sérvia, a Turquia e a Letónia. Queríamos competir muito nesses jogos, se ‘sorrisse’ uma vitória para nós, estaríamos ‘super’ satisfeitos, mas o importante era ganhar o primeiro e o quinto. E, quando veio a terceira derrota seguida, senti que houve dúvidas, começaram a haver dúvidas. Será que eles são capazes? Afinal, já não jogam tanto. E a equipa nunca duvidou. E isso é o que me deixa muito orgulhoso.

A equipa nunca duvidou. Mantivemos a cabeça concentrada, os pés bem assentes na terra, sabendo que estaríamos a jogar uma final hoje, fora, porque o pavilhão estava cheio de adeptos da Estónia, que fizeram um excelente trabalho no apoio à equipa deles, e conseguimos o nosso objetivo, graças a nunca ter havido dúvidas dentro desta equipa.

(A expulsão do Neemias) É sempre muito importante quando há uma contrariedade, haver pessoas que deem passos em frente. As equipas são assim, quando não está um, está outro que responde. Isso são verdadeiras equipas e foi isso o que aconteceu. Quando o Neemias sai, em disse para o banco, vamos ganhar, vamos ganhar, e ganhámos.

(Quinto mais internacional, com 126 jogos, igualando Miguel Miranda) É um orgulho enorme estar lado a lado com o Miguel. Eu sei que ele está muito contente, mesmo muito contente, com esta vitória de hoje. E até estou arrepiado, porque é mesmo um orgulho enorme conseguir este objetivo e ser o dia em que igualo o Miguel Miranda em internacionalizações”.

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