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"É muito bom começar com uma vitória, a última tinha sido em 2007 – eu ainda nem era jogador, era muito novo. Sentimo-nos muito bem, mas agora vamos acalmar, a competição está apenas a começar. Este jogo era como uma final. Há que continuar. Sabemos que nem sempre vamos ser perfeitos no ataque, mas o nosso jogo começa na defesa, com pressão e índices físicos altos. Este é o caminho para atingir o próximo nível. Os nossos adversários estão obrigados a pensar em nós", começou por dizer em conferência de imprensa.
Garantindo que se sentiu "confortável desde o início", deu mérito aos colegas de equipa por o conseguirem encontrar onde é mais forte.
"Fizemos um bom jogo, soubemos jogar, soubemos sofrer. O mais importante é saber manter a calma quando as outras equipas estão nas suas runs e depois jogar o nosso jogo, à procura dos nossos pontos fortes. Acho que foi defensivamente (que estivemos melhor), porque conseguimos metê-los abaixo dos 60 pontos, o que é muito difícil de fazer a este nível. No primeiro período, eles só marcaram 10 pontos e a partir daí, sentimo-nos confortáveis. Claro que relaxámos um bocado, mas, quando chegaram os momentos crucias, conseguimos cortá-los e manter a calma", apontou.
"Agora temos de manter o nível. Quando ganhamos não somos os melhores do mundo e quando perdermos não somos os piores. Manter tudo nivelado, porque é um jogo. O jogo traz montes de emoções e tens de manter a cabeça fria, ganhando ou perdendo jogos, porque há sempre outro jogo mais importante, que é o próximo, e no qual vamos lutar pela vitória", vincou.
Depois de brilhar na sua estreia no torneio, tornando-se o primeiro jogador a somar mais de 20 pontos e 15 ressaltos no seu primeiro jogo, o poste dos Boston Celtics, campeão da NBA em 2024, reconheceu o momento que a modalidade atravessa em Portugal, muito graças ao seu estatuto na melhor liga do mundo.
"Este é um bom momento para a modalidade em Portugal. Queremos ganhar mais espaço no país. E claro que sou facilmente reconhecido na rua, não sou fácil de esconder. É fantástico poder regressar a Portugal e estar em casa", vincou.
Por seu lado, o seleccionador Mário Gomes deixou rasgados elogios ao pupilo pela sua ética de trabalho.
"Treinar o Neemias é muito fácil. Não o posso enfrentar, porque ele é muito grande. O Neemias sempre fez parte deste grupo, ainda que por vezes à distância, pelos compromissos na NBA. Vocês não o conhecem bem, mas, para lá do atleta, é uma pessoa extraordinária, muito humilde. Nunca se esquece de onde veio. Por tudo isto, é muito fácil trabalhar com ele", disse.
Agora é tempo de descanso e análise, já que depois de consumada a primeira vitória, Portugal, a seleção com o ranking FIBA mais baixo do Grupo A (56.º), enfrenta a toda poderosa Sérvia, de Nikola Jokic, na segunda jornada, na sexta-feira, às 19:15.