A holding da família de Jean-Michel Aulas, a antiga estrela do basquetebol Tony Parker e os acionistas da Asvel - o clube mais titulado do basquetebol francês - têm vindo a discutir a possibilidade de um investimento conjunto para ajudar a superar as atuais dificuldades financeiras.
"Interessei-me quando me pediram para ajudar, mas não entrei em detalhes sobre os números", revelou o antigo presidente do Olympique Lyon, em declarações ao Le Progrès.
Aulas sublinha que o seu objetivo é encontrar soluções que permitam ao desporto da cidade de Lyon manter o seu estatuto. "Tal como estou a tentar fazer pelo OL, procuro soluções para que o desporto de Lyon continue no seu lugar", referiu, numa alusão à ameaça de despromoção do clube de futebol à Ligue 2, por motivos financeiros.
Jean-Michel Aulas, que está também a ponderar uma candidatura à presidência da Câmara de Lyon em 2026, destaca que pretende que Tony Parker, presidente e principal acionista da Asvel desde 2014, continue a ser "o líder" do clube de Villeurbanne, considerando-o "um dos seus maiores ativos".
O antigo dirigente do OL expressou ainda interesse em apoiar outros projetos desportivos da cidade: "Estamos atentos a todos os clubes profissionais de Lyon, seja o OL, o LOU Rugby, o Asvel e, espero, futuramente um clube de andebol capaz de conquistar a Taça da Europa", disse Aulas, recordando o seu passado enquanto jogador de andebol.
A Holnest, empresa familiar liderada pelo filho de Aulas, Alexandre, é já o principal acionista da Arena de Décines-Charpieu, recinto com capacidade para 12 mil espectadores, onde a Asvel disputa a maioria dos jogos da Euroliga. A holding também apresentou uma proposta para assumir a gestão do Astroballe, histórico pavilhão da Asvel, com 5.500 lugares, utilizado maioritariamente para jogos do campeonato francês.
Em 2019, durante a presidência de Aulas, o Grupo OL adquiriu 25% da Asvel, aumentando essa participação para 33% poucos meses depois. No entanto, após a entrada do norte-americano John Textor (Eagle Football) na estrutura do clube, diversos aumentos de capital diluíram significativamente essa participação.
Segundo fontes próximas do processo, o OL participou apenas de forma marginal no último aumento de capital, apesar de este ser considerado crucial para reduzir o défice da Asvel, estimado em 12 milhões de euros para as épocas 2024/25 e 2025/26.