O base dos Dallas Mavericks, Kyrie Irving, que nasceu em Melbourne, mas representou os Estados Unidos nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, disse esta semana que estava a fazer a mudança e a descobrir o melhor caminho para se tornar elegível.
Gaze disse que o jogador de 32 anos seria uma adição bem-vinda a uma equipa dos Boomers que poderia contar com os jogadores da NBA Dyson Daniels (21 anos) e Josh Giddey (22 anos) nos Jogos Olímpicos de 2028 em Los Angeles.
"A combinação é de dar água na boca e estamos todos muito empolgados", disse Gaze, cinco vezes atleta olímpico, à emissora australiana Nine Network.
"Porque é que não havíamos de estar (entusiasmados)? Ele é uma superestrela da NBA e tem sido por muitos anos. Esperemos que ele consiga aguentar mais alguns anos e vestir a camisola verde e dourada e que nós, como país, possamos ter uma medalha de ouro ao pescoço".
Irving pensou em jogar pela Austrália nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, mas decidiu concentrar-se em ganhar um lugar na equipa dos EUA para 2016.
A mudança precisaria de ser aprovada pela FIBA, juntamente com a Austrália e os Estados Unidos.
A FIBA e a USA Basketball não forneceram comentários imediatos quando contactadas pela Reuters na quarta-feira. O Basketball Australia também não quis comentar.
A FIBA proíbe os jogadores de representarem mais de uma nação, a menos que haja "circunstâncias excecionais".
Alguns jogadores conseguiram mudar de país, como Vassil Evtimov, que representou a Bulgária, o seu país natal, depois de jogar pela França.
A FIBA também aprovou a mudança de Anton Gavel para a Alemanha depois de representar a Eslováquia.
A Austrália foi eliminada nos quartos de final dos Jogos Olímpicos de Paris, depois de ter conquistado o bronze nos Jogos de Tóquio.
Gaze, que é o segundo maior pontuador de todos os tempos nos Jogos Olímpicos, atrás do brasileiro Oscar Schmidt, disse que qualquer jogador com o talento de Irving seria bem-vindo.
"Esperamos que desta vez, com o nível de motivação que ele parece ter agora, possamos convencer a FIBA a fazer isso", disse Gaze.